Sateliot e Myriota entram no mercado de satélites de baixa órbita, concorrendo com a Starlink. Eles oferecem serviços de internet e IoT por meio de constelações de satélites, incluindo faixa UHF, com comunicações via satélite para parte de seus satélites.
Uma constelação de satélites de baixa órbita, também conhecida como constelação de satélites LEO, é um agregado de satélites em órbita baixa em torno da Terra, geralmente em órbitas elípticas ou circulares. Atividades comerciais em constelações de satélites atuam como satélites de comunicação, satélites de navegação e satélites de observação da Terra, entre outros usos. O uso de satélites em constelações de satélites LEO é cada vez mais comum em inspeções ambientais.
As constelações de satélites LEO oferecem várias vantagens em comparação com as constelações de satélites em órbitas geoestacionárias. Satelites de baixa órbita podem transmitir dados a uma velocidade mais rápida e oferecem uma menor latência, o que é uma consideração importante para aplicações em tempo real. Além disso, as constelações de satélites LEO podem ser utilizadas para trackear objetos em movimento na Terra, como veículos e pedestres.
Satélites em alta: Quais constelações estão em operação no Brasil?
A empresa espanhola Sateliot está se preparando para operar com 208 satélites, um período de 15 anos, em um esforço para estabelecer uma constelação de satélites de baixa órbita no Brasil. Esse projeto visa fornecer serviços de internet de coisas (IoT) para clientes em todo o país, com uma cobertura de até 99% do território brasileiro em 95% do tempo. Essa operação ocorrerá sem interferir nos sinais de outras companhias existentes, garantindo uma infraestrutura de comunicação sólida para o futuro.
Comunicações via satélite: Quem são os principais atores?
A australiana Myriota também está planejando seu lançamento no Brasil, com uma constelação de 208 satélites, operando nas frequências de 1.994 MHz a 1.996 MHz para o enlace de subida e de 2.184 MHz a 2.186 MHz para o enlace de descida. Essas frequências são na faixa UHF, que garante um longo período de exploração da empresa. Isso permite à Myriota ter uma vantagem significativa sobre seus concorrentes na exploração do espectro de comunicação no Brasil.
Satélites versus constelações: Quem tem prioridade?
A Anatel, responsável pela regulação e supervisão do setor de comunicações no Brasil, tem uma política de não dar prioridade a empresas estrangeiras em termos de espectro de satélite. Isso permite que empresas nacionais como a Sateliot tenham a oportunidade de se estabelecer no mercado de satélites de baixa órbita, concorrendo com os principais atores estrangeiros. A Anatel busca promover a entrada de constelações de empresas nacionais, fortalecendo assim a economia do país.
Desafios e limitações: Quais são os desafios enfrentados pelas empresas de satélites?
A Starlink, uma das maiores operadoras de satélites de baixa órbita no Brasil, enfrenta diversos desafios, incluindo desafios com o governo e o judiciário nacional. Atualmente, a Starlink possui cerca de 6.290 satélites em operação na órbita terrestre, mas sua autorização no Brasil é limitada a 4.400 satélites. A Amazon, outra concorrente da Starlink, recebeu autorização para operar no Brasil em 2022 e pretende lançar parte de seus satélites em 2025. Sua constelação terá aproximadamente 3.236 satélites, com concessão para exploração por cinco anos.
Autorizações e negociações: Quais são as novidades recentes no setor?
A E-Space, uma empresa franco-americana de comunicações via satélite, recentemente obteve autorização da Anatel para operar no Brasil. Além disso, o governo brasileiro está negociando uma concessão com a chinesa SpaceSail, uma empresa que desenvolve tecnologia de satélites de baixa órbita. Juscelino Filho, ministro das comunicações, já visitou a fábrica da SpaceSail na China e ofereceu a base militar de Alcântara, no Maranhão, para testes. Essas novidades indicam que o Brasil está se preparando para uma expansão significativa no setor de comunicações via satélite.
Fonte: @Baguete
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