Ministério da Saúde anunciou cumprimento da segunda meta da ONU para eliminar a aids: diagnóstico em 96% das pessoas vivendo com HIV e carga viral controlada pelo HIV com terapia antirretroviral na saúde pública.
Com o passar dos anos, o Brasil tem alcançado metas importantes no combate à aids, tornando-a cada vez menos um problema de saúde pública. No ano de 2023, o país viveu um marco importante, pois diagnosticou 96% das pessoas estimadas de serem infectadas por HIV e não sabiam da condição sorológica. Segundo os dados do Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV e a aids (Unaids), essa porcentagem é calculada com base na estimativa de pessoas vivendo com HIV.
Um dos fatores chave para esse avanço tem sido a conscientização e a abordagem clínica para o HIV. A abordagem clínica tem sido eficaz em diagnóstico precoce e tratamento, reduzindo o risco de transmissão da aids. Além disso, a conscientização da população sobre a aids e o HIV tem sido fundamental, com campanhas e programas de educação que visam reduzir o estigma e aumentar a adesão ao tratamento. Esses esforços têm contribuído significativamente para a redução dos casos de aids em todo o país.
Reforço da Conscientização sobre HIV e Aids
O Ministério da Saúde, em uma nova abordagem, enfatiza que quando o HIV fica indetectável, a transmissão é impossível. Para erradicar a aids como problema de saúde pública, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu metas ambiciosas, incluindo a detecção de 95% das pessoas vivendo com HIV, 95% dessas pessoas em tratamento antirretroviral e 95% desses tratamentos com carga viral controlada. O Brasil já cumpriu duas dessas metas, o que é um marco histórico. O anúncio foi feito em meio à reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), onde também foi lançada uma nova campanha de conscientização, com o tema ‘HIV. É sobre viver, conviver e respeitar. Teste e trate. Previna-se’, que busca conscientizar sobre a importância da prevenção e do tratamento.
Aumento na Taxa de Diagnóstico e Tratamento
Os dados mostram que o Brasil avançou significativamente em 2023, alcançando 96% na taxa de diagnóstico das pessoas vivendo com HIV, um aumento de seis pontos percentuais em relação a 2022. Além disso, 82% dessas pessoas estão em tratamento antirretroviral e 95% desses tratamentos têm carga viral controlada. Esses números demonstram a eficácia das ações governamentais e da conscientização pública em combater a aids.
O Poder da Conscientização e da Ação
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destaca a importância do trabalho conjunto com a sociedade civil e movimentos sociais na conquista desses resultados. Ela lembra que a reconstrução da agenda de saúde pública não foi fácil, mas foi possível graças ao compromisso do governo federal em priorizar a pauta. A expansão da oferta da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) foi um fator importante para o aumento da taxa de diagnóstico, pois mais pessoas foram motivadas a realizar o teste.
Desafios Futuros e Metas Ambiciosas
Agora, o desafio é revincular as pessoas que interromperam o tratamento ou foram abandonadas e disponibilizar o tratamento para todas as pessoas recém diagnosticadas. O Ministério da Saúde também anunciou novas metas até 2027, como as ‘Diretrizes para a eliminação da aids e a transmissão do HIV como problemas de saúde no Brasil’. Essas diretrizes são o resultado de pactuações entre gestores, movimentos sociais e outras organizações da sociedade civil. O plano conta com cinco objetivos.
Fonte: @ Ministério da Saúde
Comentários sobre este artigo