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Petrolífera britânica compra 50% da Bunge na BP Bunge Bioenergia por US$ 1,4 bi em transação no campo de biocombustíveis.
Desde o final de 2023, os biocombustíveis estão no centro de uma série de mega-acordos, em particular, nos Estados Unidos. À parte dessas fusões e aquisições, há quem também esteja se movimentando no campo dos biocombustíveis, mesmo que em transações mais modestas. E o Brasil está inserido nesse mapa.
Além disso, é fundamental destacar a importância dos biocombustíveis como fonte de energia limpa e renovável. Os biocombustíveis são uma alternativa viável para reduzir a dependência de combustíveis fósseis e promover um futuro mais sustentável. Investir em fontes de energia verdes como os biocombustíveis é essencial para garantir um planeta mais saudável para as próximas gerações.
BP adquire fatia de 50% da Bunge em joint venture em biocombustíveis
No campo dos combustíveis sustentáveis, a petrolífera britânica BP anunciou uma transação significativa na quinta-feira, 20 de junho. A empresa fechou um acordo para comprar metade da participação da americana Bunge na BP Bunge Bioenergia, uma joint venture focada em biocombustíveis no mercado brasileiro. Essa transação marca mais um passo na transição para fontes de energia mais verdes e renováveis.
Nos termos da transação, a BP concordou em desembolsar cerca de US$ 1,4 bilhão pela fatia da Bunge na operação. Além disso, a empresa assumirá uma dívida líquida de aproximadamente US$ 500 milhões, juntamente com obrigações de arrendamento de cerca de US$ 700 milhões. Esse movimento estratégico reflete o compromisso da BP com os biocombustíveis e com a sustentabilidade energética a longo prazo.
Greg Heckman, CEO da Bunge, expressou sua satisfação com o desempenho do negócio conjunto desde sua criação em julho de 2019. Ele enfatizou que, embora a transação seja significativa, não é fundamental para a estratégia de longo prazo da Bunge. Essa mudança permitirá que a empresa se concentre em seus negócios principais, ao mesmo tempo em que fortalece seu balanço.
Por outro lado, Emma Delaney, vice-presidente executiva de clientes e produtos da BP, destacou que a aquisição está alinhada com as prioridades da empresa de impulsionar seu foco e aumentar os retornos para os acionistas. Ela expressou entusiasmo com a oportunidade de expandir as capacidades comerciais e tecnológicas da BP no setor de biocombustíveis.
Após a conclusão do acordo, a BP terá a capacidade de produzir cerca de 50 mil barris por dia de etanol equivalente a partir da cana-de-açúcar, por meio das 11 usinas distribuídas em cinco estados brasileiros. Essa expansão no setor de biocombustíveis oferece potencial para novas oportunidades de crescimento e o desenvolvimento de novas plataformas de energia sustentável.
Paralelamente à aquisição, a BP anunciou a interrupção de dois projetos potenciais em biocombustíveis, enquanto continua avaliando outras três iniciativas já em andamento. Essas medidas visam simplificar e focar as operações da empresa, buscando maximizar o valor e os retornos dos biocombustíveis.
A conclusão da transação está prevista para o quarto trimestre de 2024, contribuindo para a meta da BP de atingir um Ebitda de aproximadamente US$ 2 bilhões em bioenergia e de US$ 3 bilhões a US$ 4 bilhões em todos os seus negócios de transição energética até 2025. Essa estratégia reforça o compromisso da empresa com os biocombustíveis e a sustentabilidade energética.
As ações da Bunge, avaliada em US$ 14,8 bilhões, registraram um aumento de 2,03% na Bolsa de Nova York, enquanto os papéis da BP subiram 1,92% na Bolsa de Londres. Com um valor de mercado de £ 77,9 bilhões, a BP está posicionada para liderar a transição para uma economia de energia mais sustentável e verde.
Fonte: @ NEO FEED
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