Monitor do Debate Político no Meio Digital da USP analisou 43 imagens com software, revelando participação em manifestação convocada por ex-presidente. Negou tentativa de golpe em discurso.
No pico de audiência, o evento do presidente Bolsonaro (PL) neste domingo (25) na Avenida Paulista reuniu uma multidão de 185 mil pessoas, de acordo com o Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP).
A coleta de dados foi realizada a partir de imagens analisadas por um softwares. Foram capturadas 43 fotografias entre as 15h – horário aproximado da chegada de Bolsonaro à manifestação – e as 17h, quando ele já havia deixado o local.
Cada uma dessas imagens foi dividida em 8 segmentos, que foram submetidos a um programa que identifica rostos e estima a quantidade de indivíduos na imagem.
Manifestação na Avenida Paulista
Segundo o Monitor do Debate Político no Meio Digital, o pico de 185 mil em ato na Avenida Paulista foi por volta das 15h. Às 17h, o número caiu para entre 45 mil e 30 mil pessoas.
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O ato foi convocado por Bolsonaro em meio a investigações da qual o ex-presidente é alvo por suspeita de participação numa tentativa de golpe de Estado para permanecer no poder.
Discursos e presença de aliados
Os apoiadores de Jair Bolsonaro, ex-presidente, chegaram ao local nas primeiras horas da manhã, com bandeiras do Brasil e camisetas amarelas.
Estavam presentes no ato: Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle, o pastor Silas Malafaia, os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto – ele discursou antes da chegada de Bolsonaro, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), os deputados federais Gustavo Gayer (PL-GO), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carla Zambelli (PL-SP), o senador Magno Malta (PL-ES), o ex-deputado federal João Roma (PL); e outros.
Em geral, os discursos fizeram a defesa de Bolsonaro e do governo do ex-presidente. Monitor do Debate Político no Meio Digital relatou que Valdemar falou antes da chegada de Bolsonaro – os dois estão proibidos de se encontrar por serem ambos investigados pela tentativa de golpe. O presidente do PL disse que, graças aos eleitores de Bolsonaro, a legenda se tornou o ‘maior partido do Brasil’.
Michelle fez um discurso de motivação religiosa.
Bolsonaro foi o último a falar. Ele começou o discurso relembrando sua carreira política, o atentado sofrido durante a campanha de 2018 e ‘aquilo que aconteceu em outubro de 2022’ – em referência à eleição em que foi derrotado ao tentar se reeleger. ‘Vamos considerar isso uma página virada na nossa história’, afirmou.
O ex-presidente, então, disse ser perseguido e negou estar envolvido em qualquer tentativa de golpe de Estado. (Leia a reportagem sobre a manifestação aqui.)
Fonte: G1 – Política
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