Taxa de juros baixará de quatro cortes de 0,25 ponto percentual para dois em 2024, de acordo com o mercado aberto federal, com influência do comitê.
No cenário econômico brasileiro, os juros desempenham papel fundamental na determinação dos empréstimos e investimentos. Com o objetivo de equilibrar a inflação e estabilizar a economia, as medidas adotadas pelo Banco Central visam influenciar a taxa de juros, afetando diretamente a capacidade de pagamento das dívidas.
Diante da redução da expectativa de corte de juros no horizonte temporário, o mercado financeiro tem projetado uma mudança significativa na percepção dos investidores. A perspectiva de aumento dos juros no curto prazo gera expectativa de retorno mais atraente, levando os investidores a buscar oportunidades de negócios mais promissoras. Contudo, a inflação persistente exerce pressão para manter os juros elevados, em busca de estabilizar o valor das moedas e proteger a economia contra o impacto dos cortes orçamentários. A combinação desses fatores contribui para a formação da expectativa dos investidores e acionistas, afetando diretamente as ações em bolsas como a da Nova York.
Expectativa de cortes nas taxas de juros mobiliza mercado
A expectativa de cortes nas taxas de juros já havia sido antecipada pelo mercado, mas a alta nas projeções do SEP (Summary of Economic Projections) refletiu uma postura mais dura do comitê em relação ao combate à inflação. O time de estratégia global da XP destaca a incerteza quanto ao orçamento americano de 2025 como fonte de risco fiscal. Nesse contexto, os investidores buscam medidas eficazes para mitigar a inflação e ajustar as taxas de juros.
Juros e cortes nas taxas: uma parada necessária
O mercado aguarda a decisão do comitê sobre os juros, que pode ser influenciada pela previsão de inflação e pelo desempenho do mercado. A abertura do mercado no setembro passado trouxe expectativas de cortes nas taxas, mas a alta nas projeções do SEP pode ter desencadeado uma reavaliação das estratégias de investimento. Em um cenário de inflação alta, os investidores buscam taxas de juros mais baixas para estimular a economia.
Inflação e expectativa de juros
A inflação americana medida pelo PCE ficou ligeiramente abaixo do esperado, mas os dados de sentimento do consumidor vieram dentro das expectativas. Esses dados podem influenciar a postura do comitê em relação aos juros. O indicador de inflação preferido do Fed, o PCE, registrou alta de 0,1% em novembro, desacelerando frente ao aumento de 0,2% em outubro. A base anual mostrou um aumento de 2,4%. O mercado aguarda a reação do comitê às medidas de combate à inflação e expectativa de cortes nas taxas de juros.
Juros, inflação e mercado aberto
O índice que concentra ações industriais, o Dow Jones, caiu 2,25% na semana, enquanto o indicador das 500 maiores empresas americanas, o S&P 500, recuou 1,99%. O índice que reúne ações de tecnologia, o da bolsa Nasdaq, desvalorizou 1,78%. A abertura do mercado na última sessão trouxe ganhos para os índices, mas a expectativa de cortes nas taxas de juros permanece como um desafio para os investidores. A previsão de inflação e o desempenho do mercado podem influenciar a decisão do comitê em relação aos juros e cortes nas taxas. O indicador econômico, o PCE, registrou alta de 0,1% em novembro, desacelerando frente ao aumento de 0,2% em outubro.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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