Saldo do Dia: Bolsa teve alta limitada pela queda nos preços do petróleo e do minério de ferro, após fala de ministra Simone Tebet sobre corte de gastos, em meio a mercado com forte concentração em commodities e economia fraca.
A bolsa brasileira viveu um dia de grande volatilidade, com altos e baixos influenciados por fatores internos e externos. A promessa de corte de gastos do governo trouxe um alento para os investidores, mas o cenário externo foi marcado por uma queda no preço do petróleo e do minério de ferro, devido à economia fraca na China e às medidas protecionistas nos Estados Unidos.
No entanto, a bolsa conseguiu se recuperar ao longo do dia, impulsionada pelo otimismo dos investidores em relação ao futuro do mercado. O pregão foi marcado por uma grande movimentação, com muitos investidores buscando aproveitar as oportunidades de compra em um mercado que ainda está em busca de estabilidade. Além disso, o índice de confiança dos investidores também mostrou uma melhora, o que pode ser um sinal de que a bolsa está pronta para uma recuperação mais sustentável. A bolsa, portanto, continua a ser um mercado em constante evolução, com muitas oportunidades e desafios para os investidores. A chave para o sucesso é estar sempre atento às mudanças no mercado.
Flutuações no Mercado
O pregão foi marcado por um lado negativo, mas as declarações da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, trouxeram um sopro de otimismo nos minutos finais. Ela enfatizou que o Brasil já cumpriu com suas responsabilidades em relação à receita e que não é possível resolver o problema fiscal apenas com receita. Essa afirmação alinha-se com o discurso do mercado nos últimos meses. Além disso, ela reiterou que o arcabouço fiscal será cumprido, ecoando os comentários do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O Ibovespa, principal termômetro do mercado acionário no Brasil, manteve-se perto da estabilidade e encerrou o dia com um sinal positivo, mantendo seus 131 mil pontos. O avanço foi de 0,03%, marcando 131.043 pontos. No mês, as perdas acumuladas são de 0,59%, enquanto o prejuízo do ano está em 2,34%. O volume de negociações foi de R$ 14,8 bilhões, abaixo da média diária de R$ 16,6 bilhões.
Impacto das Commodities
A forte composição de commodities no Ibovespa trabalhou contra a bolsa mais uma vez. Com a queda nos preços do petróleo e do minério de ferro, ações ligadas a esses setores impediram que o índice subisse mais. Entre os papéis que cederam estão Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3, PETR4), que correspondem a quase 25% da carteira teórica. Essas empresas são as maiores e mais líquidas da bolsa, e por isso, conseguem ditar os rumos dos pregões com facilidade.
A preocupação com a China neutralizou boa parte dos ânimos vindos da política fiscal mais austera. Sem novos estímulos para a economia chinesa, os investidores pisaram no freio, revendo as apostas feitas há um mês. As empresas metálicas, de mineração e siderurgia, sofreram com mais um momento de azedume em relação aos seus principais produtos. Sem visível recuperação do mercado imobiliário chinês, em crise há cerca de cinco anos, o minério de ferro e o aço perdem grande demanda.
Impacto no Câmbio
Com commodities em queda, o câmbio também é afetado no Brasil e em outros emergentes que têm parte importante da economia atrelada a esses materiais. A desvalorização dos produtos reduz o volume de dólares no mercado nacional e faz com que a moeda americana suba. O dólar comercial avançou 1,33%, negociado a R$ 5,65. No mês, a valorização já chega a 3,83%, aumentando a alta do ano para 16,54%. Outro ponto negativo para o real e outras moedas emergentes foi a recente notícia de que Israel não deverá atacar a infraestrutura petrolífera no Irã.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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