Foguete New Shepard retornou ao espaço, com cápsula carregando material científico aboard, e pousou no Texas em apenas 8 minutos. Novo modelo do componente foi testado.
Tecnologia e Ciência | por AFP
A empresa Blue Origin fez o lançamento de um foguete New Shepard nesta terça-feira (19), marcando o retorno ao espaço da companhia, fundada pelo bilionário americano Jeff Bezos, mais de um ano depois de um acidente.
Dez minutos depois do lançamento, a cápsula da missão não tripulada NS-24 , que continha material científico , pousou no deserto, segundo uma transmissão ao vivo.
A companhia espacial Blue Origin, fundada por Jeff Bezos, fez um novo lançamento nesta terça-feira (19), marcando o retorno ao espaço da empresa após mais de um ano. O foguete New Shepard fez o lançamento e a cápsula da missão não tripulada NS-24 , que continha material científico , pousou no deserto.
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A volta ao espaço era necessária para que a empresa possa retomar as viagens de turismo espacial, que já permitiram que 31 pessoas passassem alguns minutos além do limite da atmosfera terrestre.
Decolagem e sucesso do foguete Blue Origin
O foguete decolou com sucesso do oeste do Texas, às 16h43 GMT (13h43 em Brasília). Seu motor principal, que é reutilizável, pousou sem complicações menos de oito minutos depois, nas planícies áridas do sul dos Estados Unidos.
Novo lançamento após adiamento no retorno aos voos
Liftoff #NS24 pic.twitter.com/85wTik0CET
O lançamento, inicialmente previsto para segunda-feira, foi adiado ‘devido a um problema com os sistemas terrestres’, informou a Blue Origin na rede social X.
Missão sem tripulantes, mas com equipamento científico
A missão não leva tripulantes a bordo, mas sim experimentos científicos, dos quais mais da metade foram desenvolvidos com o apoio da Nasa.
Cápsula com experimentos pousa no deserto
A cápsula que continha esse equipamento pousou no deserto com a ajuda de paraquedas 10 minutos após a decolagem, e depois de ter ultrapassado o limite do espaço, voando por alguns momentos até 107 km acima da Terra.
Ruptura do bico do motor no acidente de Setembro
O acidente ocorrido em setembro de 2022 provocou a queda do módulo de propulsão do foguete, que, naquele momento, tampouco transportava passageiros.
FAA realiza investigação e alterações exigidas
O regulador de aviação americano (FAA) abriu uma investigação, que concluiu em setembro que o acidente foi causado por ‘uma temperatura mais alta do que o esperado em um bico do motor’. Para poder retomar os voos, a FAA pediu à empresa que fizesse mudanças, como, por exemplo, alterar o design de determinados componentes do motor.
Blue Origin cumpre exigências e muda licença de voo
O regulador confirmou à AFP que havia aprovado a licença de voo modificada apresentada pela Blue Origin.
Experiência reiterada, turismo espacial e concorrência
No total, a empresa realizou seis voos tripulados (alguns passageiros eram clientes pagantes e outros voaram como convidados) desde julho de 2021, quando o próprio Bezos participou do primeiro deles.
Durante o tempo em que a Blue Origin permaneceu em terra, sua concorrente, a Virgin Galactic, fundada pelo milionário britânico Richard Branson, avançou, registrando cinco voos comerciais este ano.
As duas empresas competem no emergente setor do turismo espacial, operando no espaço suborbital.
Foguete pesado New Glenn e sustentabilidade
A Blue Origin também desenvolve um foguete pesado com fins comerciais chamado New Glenn, cujo voo inaugural está previsto para o ano que vem.
A empresa de Bezos pode se gabar de que quase toda a sua plataforma de foguetes é reutilizável, inclusive o propulsor, a cápsula, o motor, o trem de pouso e o paraquedas.
Seu motor é movido a oxigênio líquido e hidrogênio, o que significa que o único subproduto do voo é vapor d’água, sem emissões de carbono.
SpaceX e prejuízo após explosão do Starship
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Fonte: © R7 Rádio e Televisão Record S.A
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