Banco inicia cobertura do grupo de saúde com recomendação neutra, destacando medidas como venda de ativos, mas ressaltando desafios de execução e estrutura de capital.
À luz desse contexto, a Dasa enfrenta significativos riscos na sua estratégia de recuperação. A empresa precisa equilibrar a redução de sua alavancagem com a manutenção de sua capacidade de investimento em novas tecnologias e serviços de saúde. Caso contrário, poderá enfrentar desafios na sua competitividade no mercado.
O processo de recuperação da Dasa não é trivial e envolve riscos significativos de execução. A empresa precisa lidar com a transformação digital, a melhoria da eficiência operacional e a manutenção da satisfação dos clientes, tudo ao mesmo tempo. Além disso, é crucial que o grupo de saúde consiga superar os desafios enfrentados historicamente e demonstrar a capacidade de gerenciar seus ativos de forma mais eficaz.
Desafios de Execução Impactam Riscos de Investimento
A cobertura da empresa pelo banco iniciou com uma recomendação neutra e um preço-alvo de R$ 3,20 para a ação, o que representa um upside de 30% sobre a cotação do último pregão. Entretanto, os riscos de investimento são considerados relativamente elevados devido aos desafios de execução e à estrutura de capital atual, justificando a recomendação neutra do analista William Bertan, do BB Investimentos.
Descontinuou Negócios Seguros e Priorizou Eficácia
A tese de investimento da Dasa se baseia em sua estratégia de rentabilidade e eficiência operacional. A empresa descontinuou seus negócios de corretagem e seguros e decidiu não priorizar mais segmentos como home care e coordenação de cuidados. A execução dessas iniciativas pode levar a uma melhora das margens da operação e ao crescimento dos resultados, segundo a avaliação do analista.
Rede Hospitalar e Oncológica Expande e Alavanca
A expansão da rede hospitalar e oncológica da Dasa é outro ponto em destaque. Recentemente, a empresa anunciou um acordo para a criação de uma joint venture com a Amil no segmento, prevendo uma receita combinada de R$ 9,9 bilhões e a transferência de R$ 3,85 bilhões em dívidas para a nova operação. A transferência de dívidas proverá uma estrutura de capital e alavancagem operacional mais saudáveis para a continuidade das operações.
Ativos de Qualidade e Elevação de Margens Operacionais
Para o analista, o acordo com a Amil é benéfico para a Dasa, permitindo a expansão com ativos de qualidade e potencial de elevação das margens operacionais. A empresa manterá sua posição como uma das principais redes hospitalares privadas e reforçará sua presença em regiões estratégicas.
Parcela Significativa do Mercado e Captura de Consumidores
No negócio tradicional do grupo, a medicina diagnóstica, a Dasa se beneficia de uma cobertura geográfica abrangente, com um leque de marcas que permite o acesso a diferentes classes sociais e consumidores. Isso permite capturar uma parcela significativa do mercado e favorecer a retomada do incremento das margens.
Desafios e Riscos de Execução
A partir dessas questões e levando em conta a execução bem-sucedida dos planos da Dasa, o banco projeta uma receita líquida de R$ 16,6 bilhões para a empresa no fim de 2025, além de um Ebitda de R$ 2,8 bilhões e de uma margem Ebitda de 17,2% no período. No entanto, a empresa só poderá registrar lucro em 2026.
Fonte: @ NEO FEED
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