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Apenas nove instituições veem espaço para corte de juros, apesar das expectativas de inflação e depreciação do real.
A deterioração constante das projeções de inflação e a desvalorização do real, que fez o dólar retornar para cerca de R$ 5,40 recentemente, reforçam a ideia de que o período de redução da taxa de juros pelo Banco Central do Brasil – Copom chegou ao fim.
O Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil – Copom tem a difícil tarefa de equilibrar as pressões inflacionárias com a necessidade de estimular a economia, em um cenário de incertezas globais.
Banco Central do Brasil – Copom: Expectativas para a decisão de política monetária
Para a maioria dos agentes do mercado financeiro, a expectativa é de que o Banco Central do Brasil – Copom mantenha a taxa Selic inalterada em 10,5% na reunião desta semana. De acordo com a pesquisa realizada pelo Valor, apenas uma minoria das 132 instituições consultadas vislumbra a possibilidade de um corte de 0,25 ponto percentual no juro básico. A mediana das projeções para a taxa Selic ao final do ano não indica perspectivas de redução dos juros no país.
O Comitê de Política Monetária tem sido cauteloso em relação à flexibilização da política monetária, com apenas um quarto dos participantes acreditando em uma retomada do ciclo de afrouxamento ainda em 2024. A percepção de que os riscos associados à condução da política econômica se intensificaram recentemente teve um impacto significativo nos ativos brasileiros, com o dólar registrando uma depreciação em relação ao real, passando de R$ 5,15 para aproximadamente R$ 5,40 desde a última reunião do Copom em maio.
Os juros futuros também acompanharam essa tendência, com uma elevação consistente que levou diversas partes da curva a ultrapassarem a marca dos 12%. O mercado financeiro está atento às movimentações do Banco Central do Brasil – Copom e às expectativas em torno da política monetária, refletindo as incertezas e volatilidades presentes no cenário econômico atual.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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