Ksenia Karelina, residente de Los Angeles, foi presa por traição ao visitar a família no início do ano; envolvida na invasão russa na Ucrânia, compra de artigos táticos médicos e grande troca de prisioneiros, apesar de possuir cidadania americana.
Ksenia Karelina, uma bailarina russo-americana, foi condenada a 12 anos de prisão nesta quinta-feira (15) por um tribunal russo depois de ser considerada culpada de traição por ter doado dinheiro para uma instituição de caridade que apoia a Ucrânia. A residente de Los Angeles declarou-se culpada em seu julgamento fechado na cidade de Yekaterinburg, onde seu caso foi ouvido pelo mesmo tribunal que condenou o repórter do Wall Street Journal Evan Gershkovich por espionagem em julho. O tribunal disse que os investigadores descobriram que Karelina tinha, em 24 de fevereiro de 2022 – o primeiro dia da invasão russa da Ucrânia – ‘transferidos fundos no interesse de uma organização ucraniana, que foram posteriormente utilizados para a compra de artigos táticos médicos, equipamentos, meios de derrota e munições pelas Forças Armadas da Ucrânia.’ Análise: Principal impacto de operação ucraniana na Rússia é político Mauro Vieira irá consultar militares na Venezuela, diz professor à CNN Análise: Quem é figura importante por trás do regime de Maduro Seus apoiadores dizem que ela doou US$51,80 (R$283,32) para a Razom for Ukraine, uma instituição de caridade com sede em Nova York que fornece ajuda humanitária a crianças e idosos na Ucrânia.
A condenação de Ksenia Karelina por traição ao apoiar a Ucrânia gerou repercussão internacional, levantando debates sobre liberdade de expressão e solidariedade em meio ao conflito. A situação evidencia a sensibilidade política entre Rússia e Ucrânia, refletindo a tensão existente na região. A doação de Karelina para a instituição de caridade que auxilia a Ucrânia demonstra um ato de humanitarismo em meio a um contexto de hostilidades e conflitos armados. A solidariedade internacional em relação à Ucrânia torna-se um tema crucial em meio à crise geopolítica em curso.
Ucrânia: Instituição de caridade nega apoio militar a Kiev
A instituição de caridade reiterou que não fornece qualquer tipo de apoio militar à Ucrânia, em meio à crescente tensão na região. Karelina, residente de Los Angeles, compareceu ao tribunal nesta quinta-feira (15), vestindo uma camisola branca e jeans azul, enquanto aguardava seu julgamento em uma sala de audiências. A mulher de 33 anos não participou da recente grande troca de prisioneiros entre a Rússia e o Ocidente, que incluiu a libertação de Gershkovich. No entanto, seu advogado, Mikhail Mushailov, expressou otimismo em relação a uma possível inclusão em futuras negociações de troca de prisioneiros.
Ucrânia: Residente de Los Angeles aguarda desfecho em caso judicial
Karelina, que nasceu na Rússia e mudou-se para os Estados Unidos em 2012, obteve a cidadania americana em 2021. Sua prisão pelas autoridades russas ocorreu após uma visita à sua família em Yekaterinburg no início do ano. O caso ganhou destaque em meio às tensões entre Rússia e Ucrânia, com a invasão russa em território ucraniano sendo um dos temas em pauta. A compra de artigos táticos médicos pela instituição de caridade também gerou controvérsia, mas a organização negou qualquer envolvimento em questões militares.
Ucrânia: Expectativas de inclusão em futura troca de prisioneiros
Enquanto aguarda o desfecho de seu caso judicial, Karelina mantém a esperança de ser incluída em uma futura troca de prisioneiros entre a Rússia e o Ocidente. Sua situação, que envolve questões de cidadania americana e relações entre os países envolvidos, levanta debates sobre as complexidades geopolíticas da região. A recente troca de prisioneiros foi marcada por intensas negociações e expectativas, refletindo a tensão entre as nações. A presença de Karelina no tribunal e seu papel nesse contexto destacam a importância dos desdobramentos judiciais em meio ao cenário de conflito.
Fonte: @ CNN Brasil
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