Em 2023, todos os 9 países da Bacia Amazônica registraram os menores volumes de chuva em mais de 40 anos. A situação aumenta o risco de incêndios e representa perigo à vida dos animais.
O desmatamento na Bacia Amazônica tem sido uma grande preocupação para cientistas e ambientalistas. Segundo dados recentes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a destruição da Floresta Amazônica atingiu níveis alarmantes nos últimos anos, colocando em risco a Bacia Hidrográfica da Amazônia. O impacto do desmatamento na Região Amazônica tem levado à diminuição das chuvas e a uma redução drástica na biodiversidade da região, ameaçando a sustentabilidade do ecossistema.
A preservação da Floresta Amazônica e a conscientização sobre a importância da Bacia Amazônica para o equilíbrio ambiental são fundamentais para garantir a sobrevivência das espécies e a manutenção dos recursos hídricos na região. A Bacia Hidrográfica da Amazônia desempenha um papel crucial na regulação do clima e no fornecimento de água para milhões de pessoas em toda a América do Sul. É urgente que medidas efetivas sejam tomadas para proteger a Bacia Amazônica e para combater o avanço do desmatamento na Floresta Amazônica.
.
Impacto na Bacia Amazônica
Em 2023, todos os 9 países da Bacia Amazônica registraram os menores volumes de chuva, em mais de 40 anos, para os meses de julho a setembro. De acordo com pesquisa recente do Centro Científico da União Europeia, o quadro afetou os rios e a biodiversidade, especialmente nas cabeceiras dos rios Solimões, Purus, Juruá e Madeira, todos na região centro-sul do estado do Amazonas, até os países mais ao sul da floresta, Peru e Bolívia.
Consequências da Estiagem
No Amazonas, por exemplo, as chuvas variaram de 100 a 350 milímetros abaixo do normal, o que corresponde a cerca da metade do esperado para a região. A situação concreta levanta a preocupação com o perigo à vida dos animais, o aumento do risco de incêndio e os níveis fluviais mais baixos, que desafiam a mobilidade nas comunidades ribeirinhas e o acesso a bens essenciais. O estudo da União Europeia ainda sugere a necessidade de uma resposta regional abrangente, para além das fronteiras nacionais.
Ondas de Calor na Bacia Amazônica
O estudo do Centro Científico da União Europeia confirmou que, de agosto a novembro, uma série de ondas de calor elevou a temperatura para uma marca recorde em meio ao clima já hostil. As máximas nesses meses ficaram de 2 graus Celsius (°C) a 5°C acima da média histórica. Esta é uma das muitas provas de que a Bacia Hidrográfica da Amazônia está enfrentando condições mais secas e quentes, que devem prosseguir, principalmente por causa da continuidade do El Niño, que é o aquecimento das águas do Oceano Pacífico.
Emergência no Amazonas
Segundo o boletim de estiagem mais recente, divulgado pelo governo do Amazonas, no último sábado (23), todos os 62 municípios do estado continuam em situação de emergência, sendo mais de 630 mil pessoas afetadas pela seca até o momento. A situação de alerta prévio continua vigente, diante do iminente perigo à vida dos animais e da crescente presença de ondas de calor na Região Amazônica.
Fonte: © R7 Rádio e Televisão Record S.A
Comentários sobre este artigo