Controladora da Gol fez contratação de escritório especializado em antitruste para atuar na fusão com a Azul e na área concorrencial, com ofertas de troca, valor principal em jogo.
A Azul decolou no pregão desta quarta-feira (22), conquistando o topo das ações com uma demonstrativa subida de 8,14%, negociadas a R$ 4,65, por volta das 13h30. O valor do papel chegou a alcançar um pico de 10% durante a manhã, chegando a R$ 4,75.
Com essa ascensão, a Azul está reforçando seu papel nas ações aéreas, demonstrando uma força que ultrapassa as fronteiras das companhias de aviação, tornando-se uma das principais paradas para os investidores, marcando um novo patamar nas ações aéreas com sua estratégia de crescimento.
Força Azul
Segundo reportagem do jornal O Globo, publicada ontem (21), o advogado Luiz Augusto Hoffmann foi contratado para defender a fusão entre a Azul e a Gol no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O nome de Hoffmann não é novidade para o setor, pois ele atuou como conselheiro da autarquia entre 2019 e 2023, enfatizando a expertise em questões de competição e proteção ao consumidor. Além disso, a Abra está sendo orientada pelo Caminati Bueno Advogados, um escritório especializado em área concorrencial e antitruste, reforçando a seriedade do processo.
A contratação do advogado de destaque aumenta o poder de fogo do Grupo Abra para conseguir avançar com a fusão, de acordo com o analista Rafael Passos da Ajax Asset Management. A queda do dólar, aliada à alta das ações da Gol, nos últimos dias, também contribui para fortalecer a posição da abra, reforçada pela boa performance das aéreas. No mesmo horário da reportagem, as ações da Gol apresentaram leve alta de 0,59%, cotadas a R$ 1,71.
O Memorando de Entendimentos Não Vinculante (MoU) entre a Azul e a Abra Group, holding dona da Gol e da colombiana Avianca, foi assinado na semana passada, dando início ao processo de fusão entre as companhias. O fechamento do negócio está sujeito a várias condições, incluindo a obtenção de aprovações corporativas e regulatórias, como a da autoridade antitruste brasileira, o Cade. Nesta quarta-feira, a companhia também divulgou os resultados finais das ofertas de troca de notas emitidas no exterior. De acordo com a aérea, 99,69% do valor principal das notas que vencem em 2028 foram trocados. Para os papéis que vencem em 2029, a troca foi feita para 98% do valor principal em circulação. Já sobre as notas que vencem em 2030, 94,51% do valor principal aberto foram ofertadas.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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