Circulação alta de VSR causa graves casos de SRAG em crianças de até 2 anos, especialmente entre 21 e 27 de abril. Incidência e mortalidade elevadas em 22 estados, principal causa de morte por SRAG é epidemiológica com baixos níveis.
Na última quinta-feira, 2, o boletim Infogripe da Fiocruz revelou um aumento significativo no número de casos e óbitos em decorrência de SRAG em todo o Brasil. A preocupação com o VSR (vírus sincicial respiratório) é constante, especialmente em ambientes com aglomerações de pessoas vulneráveis.
Além da SRAG, é fundamental estar atento a outras doenças respiratórias, como a influenza e a covid-19, causada pelo coronavírus. O cuidado com a prevenção do VSR e a adoção de medidas sanitárias são essenciais para proteger a saúde de todos. Fique atento aos sintomas e busque ajuda médica se necessário.
Impacto do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) na Saúde Pública
De acordo com os registros mais recentes, o panorama atual de saúde é grandemente influenciado pela circulação de diferentes vírus respiratórios, com destaque para o VSR (vírus sincicial respiratório), responsável por desencadear complicações significativas nas vias respiratórias. Além do VSR, a circulação do influenza (vírus da gripe) também tem se mostrado relevante, contribuindo para o aumento da síndrome respiratória aguda grave (SRAG).
O levantamento epidemiológico referente ao período de 21 a 27 de abril revela que a intensificação da circulação do VSR tem impulsionado uma elevação notável na incidência e mortalidade infantil por SRAG, especialmente em crianças com até 2 anos de idade. Esses dados surpreendem ao superar os índices associados à covid-19 nessa faixa etária, evidenciando a importância da vigilância ativa em relação ao VSR.
Em contrapartida, a covid-19, embora demonstre uma redução ou estabilidade em sua incidência, ainda figura como uma das principais causas de infecção em crianças, ao lado do rinovírus. Entre os idosos, a covid-19 se mantém como a principal causa de mortalidade por SRAG, ressaltando a relevância contínua desse coronavírus no cenário epidemiológico.
Os dados das últimas semanas epidemiológicas apontam que o VSR é responsável por 58% dos casos de SRAG, enquanto o influenza A, a covid-19 e o influenza B contribuem com 24,3%, 7,9% e 0,4% das ocorrências, respectivamente. No que se refere aos óbitos, a covid-19 lidera com 46,4%, seguida pelo influenza A com 38%, o VSR com 11,6% e o influenza B com 1,1%, demonstrando a letalidade variada desses agentes infecciosos.
A Fiocruz destaca que 22 unidades federativas do Brasil estão registrando um crescimento sustentado nos casos de SRAG, apontando para uma tendência preocupante a longo prazo. Esses estados enfrentam desafios na contenção da propagação desses vírus, incluindo o VSR, e ações integradas se fazem necessárias para mitigar a morbimortalidade associada a essas infecções.
O Impacto do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em Diferentes Faixas Etárias
O VSR é reconhecido como o agente etiológico predominante em infecções respiratórias agudas, sobretudo em crianças com até 2 anos de idade. Seu impacto é expressivo, sendo responsável por aproximadamente 75% dos casos de bronquiolite e 40% das pneumonias nesse grupo populacional, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
A sazonalidade do VSR é outro aspecto relevante a considerar, uma vez que sua circulação é mais intensa no outono e inverno, com picos esperados nos meses de maio e junho. O elevado índice de infecção por VSR nas crianças, chegando a atingir quase 100% até os 2 anos de vida, ressalta a importância da prevenção e do monitoramento constante desse vírus.
Diante desse cenário epidemiológico complexo, a conscientização sobre a gravidade das infecções respiratórias, incluindo as causadas pelo VSR, é fundamental para a implementação de estratégias de saúde pública eficazes na proteção da população, em particular dos grupos mais vulneráveis, como as crianças e os idosos. A atuação conjunta na vigilância e no controle dessas doenças respiratórias é essencial para reduzir a morbimortalidade associada a esses agentes infecciosos.
Fonte: @ Estadão
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