Idosos e crianças pequenas sofrem mais com SRAG grave por VSR, de 21 a 27 apr (SE-17). Principais casos: mortalidade elevada. Gov.br lança campanha. Saúde: use máscaras N95, KN95 e PFF2. Repositório: isolamento obrigatório. Infantil e idoso população afetada. Ministério da Saúde.
O aumento de internamentos e mortes devido a síndrome respiratória aguda grave (SRAG) é uma preocupação crescente no Brasil, com destaque para as infecções causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e pela Influenza. Os dados foram apresentados na mais recente edição do Boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira (2). Essas informações correspondem à Semana Epidemiológica 17, abrangendo o intervalo de 21 a 27 de abril.
A circulação desses vírus tem contribuído para um aumento significativo na incidência de casos de SRAG, resultando em mais internamentos e mortes no país. A Fiocruz alerta para a importância da prevenção e do cuidado adequado para reduzir a transmissão e garantir uma alta taxa de recuperação entre os pacientes afetados.
Preocupação com os internamentos e mortes;
De acordo com o último boletim epidemiológico, a síndrome respiratória aguda grave (SRAG) está atingindo níveis preocupantes, especialmente no que diz respeito aos internamentos e mortes. A circulação intensa do vírus sincicial respiratório (VSR) tem contribuído para um significativo aumento da incidência e mortalidade de SRAG em crianças com até 2 anos de idade. Além disso, outros vírus respiratórios, como o Sars-CoV-2 (responsável pela covid-19) e o rinovírus, também apresentam alta incidência na população infantil.
Na faixa etária dos idosos, os números de mortes associadas à SRAG permanecem elevados, com predominância da covid-19. Nas últimas semanas, os números impressionam: 46,4% das mortes foram atribuídas ao Sars-CoV-2, 38,0% à Influenza A, 11,6% ao VSR e 1,1% à Influenza B. Quanto aos casos de resultado positivo para vírus respiratórios, os dados apontam que 58,0% foram de VSR, 7,9% de Sars-CoV-2, 24,3% de Influenza A e 0,4% de Influenza B.
A importância da vacinação torna-se ainda mais evidente diante desse cenário alarmante. O pesquisador Marcelo Gomes destaca a necessidade de a população se imunizar contra a influenza, ressaltando que a campanha está aberta e ampliada pelo Ministério da Saúde para todas as faixas etárias. No entanto, ele ressalta que a vacina da gripe não pode resolver todos os problemas, dada a grande circulação de outros vírus respiratórios.
Foco na prevenção e cuidados;
Além da vacinação, o uso de máscaras de proteção, especialmente as N95, KN95 e PFF2, é fundamental para reduzir a propagação dos vírus respiratórios. O pesquisador enfatiza a importância do isolamento e do repouso para quem apresenta sintomas de infecção respiratória, destacando que essas medidas não beneficiam apenas a própria recuperação, mas também contribuem para a diminuição da exposição do restante da população.
É essencial adotar medidas de prevenção e cuidados para evitar o agravamento da situação. Diante do aumento dos casos de SRAG, é fundamental que a população esteja atenta às orientações das autoridades de saúde e siga as recomendações de higiene e distanciamento social. A colaboração de todos é crucial para conter a propagação dos vírus e reduzir os impactos nos serviços de saúde.
Desafios regionais e a importância da vigilância;
Ao analisar a situação por unidades federativas, constata-se que 22 estados apresentam crescimento de casos de SRAG no longo prazo, evidenciando a necessidade de medidas assertivas para conter a disseminação dos vírus respiratórios. Em relação aos casos de SRAG por covid-19, percebe-se uma tendência de queda nos estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul, enquanto nas demais regiões a estabilidade persiste em níveis relativamente baixos.
No âmbito das capitais, 19 delas registram crescimento nos casos de SRAG, demonstrando a complexidade da situação e a importância da vigilância epidemiológica. Capitais como Aracaju, Boa Vista, Brasília, Cuiabá, Curitiba e Manaus estão entre as que apresentam sinal de aumento nos casos, ressaltando a necessidade de ações coordenadas e eficazes para enfrentar essa realidade desafiadora. A atenção e a colaboração de todos são fundamentais para proteger a saúde da população e garantir o controle da pandemia.
Fonte: @ Agencia Brasil
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