Narges Mohammadi acusa forças iranianas de agressões contra detentas, incluindo guerra against women, testemunhas e survivors, cometidas pelas autoridades: agressões sexuais, repressão, vigilância rigorosa, uso de código de vestuário vidéo.
A ativista iraniana dos direitos das mulheres e Prêmio Nobel da Paz de 2023 Narges Mohammadi, que está sob custódia, enfrentará um julgamento por acusar as forças de segurança do Irã de agredir sexualmente as detentas, conforme divulgado pela AgênciaAFP.
A ativista iraniana Narges Mohammadi, laureada com o Prêmio Nobel da Paz de 2023, está passando por um momento desafiador ao ser levada a julgamento por denunciar abusos cometidos pelas forças de segurança iranianas contra as detentas, conforme noticiado pela AgênciaAFP. A coragem de Narges Mohammadi em defender os direitos das mulheres no Irã merece reconhecimento e apoio internacional.
Mohammadi, Narges;: Ativista Iraniana e Prêmio Nobel da Paz de 2023
Segundo informações divulgadas pela agência de notícias France-Presse (AFP), que teve acesso a declarações da família da detida, o aguardado julgamento está programado para iniciar no próximo domingo e está relacionado a uma mensagem de áudio compartilhada pela ativista em abril com seus apoiadores, diretamente da prisão onde está detida desde o final de 2021. Nessa mensagem, ela denunciou veementemente uma ‘guerra em grande escala contra as mulheres‘ na República Islâmica.
O Ministério Público a acusou de ‘propaganda contra o regime’, porém as autoridades judiciais do Irã optaram por não comentar publicamente sobre o caso até o momento. De acordo com relatos da família, Narges Mohammadi insistiu que o julgamento deveria ser público, permitindo que ‘as testemunhas e sobreviventes relatem as agressões sexuais cometidas pelas autoridades do regime da República Islâmica contra as mulheres’ nas prisões do país.
Em uma mensagem recente, a ativista e jornalista detida na prisão de Evine, em Teerã, encorajou veementemente as mulheres iranianas a compartilharem nas plataformas de mídia social suas experiências sobre detenções e abusos sexuais sofridos nas mãos das autoridades. Ela destacou o caso de Dina Ghalibaf, uma jornalista e estudante que, segundo organizações não governamentais (ONGs), foi presa após denunciar, nas redes sociais, ter sido algemada e agredida sexualmente por agentes de segurança durante uma detenção anterior. Ghalibaf foi posteriormente libertada.
Nas últimas semanas, tem sido observado um aumento na repressão das autoridades iranianas contra as mulheres, especialmente através da ampla utilização de sistemas de vigilância por vídeo. Desde a Revolução Islâmica de 1979, as mulheres no Irã são obrigadas a seguir rigorosamente um código de vestuário, incluindo o uso do véu em locais públicos.
Detida desde novembro de 2021, Narges Mohammadi está separada do marido e dos filhos gêmeos, que residem em Paris há vários anos. A ativista, de 52 anos, enfrentou repetidas condenações e períodos de prisão ao longo das últimas duas décadas e meia devido à sua luta contra a imposição do véu e a pena de morte às mulheres.
Fonte: @ Agencia Brasil
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