Equipe de pesquisadores australianos, espanhóis, dinamarqueses e finlandeses confirmaram a eficácia de exercícios para doença. Práticas físicas mais eficaces: homens e mulheres, idosos e jovens, intensidade alterada. Neurotransmissores: endorfina e dopamina. Benefícios: neuroplasticidade, sistema nervoso central. Voluntários: homens e mulheres.
Um time de especialistas australianos, espanhóis, dinamarqueses e finlandeses publicou um estudo revelando a eficácia das atividades físicas na prevenção e tratamento da depressão, confirmando descobertas anteriores.
Além disso, os resultados ressaltam a importância dos exercícios regulares para manter a saúde mental e emocional em equilíbrio, contribuindo para o bem-estar geral.
Benefícios das Atividades Físicas na Prevenção da Depressão
Ao realizar um levantamento abrangente, um grupo de pesquisadores australianos, espanhóis, dinamarqueses e finlandeses descobriu que atividades físicas como caminhada, corrida, ioga, treinamento de força e dança são altamente eficazes no combate à depressão. Esse estudo, que revisou 218 trabalhos envolvendo 14.170 voluntários, destacou a importância de mexer o corpo para prevenir e combater os sintomas da doença.
Ao considerar a intensidade das atividades físicas, os pesquisadores observaram que a vigorosidade do exercício impacta diretamente nos resultados obtidos. Quanto mais intensa a atividade, melhor a resposta do corpo. Caminhadas e corridas se mostraram benéficas tanto para homens quanto para mulheres, enquanto os treinos de força foram mais eficazes nas mulheres e a ioga nos homens.
A relevância de manter a prática de exercícios físicos para evitar a depressão está relacionada a uma questão química importante. Os exercícios desencadeiam a liberação de neurotransmissores como endorfina e dopamina, responsáveis por melhorar o bem-estar, controlar o humor e combater a ansiedade, entre outros efeitos positivos.
Além disso, as atividades físicas atuam de forma anti-inflamatória, mantendo o equilíbrio do processo inflamatório no organismo, o que é fundamental para prevenir doenças físicas e mentais, como a depressão. Há também o envolvimento de neuromoduladores, fatores neurotróficos e o processo de neurogênese, que contribuem para a saúde mental.
A educação física Andrea Camaz Deslandes, coordenadora do Laboratório de Neurociência do Exercício da UFRJ, destaca que as atividades físicas não apenas promovem benefícios físicos, mas também têm impactos psicossociais significativos na luta contra a depressão. É notável como a prática regular de exercícios pode melhorar a resposta imunológica, aumentar a neuroplasticidade e promover a liberação de substâncias benéficas durante a contração muscular, como as miocinas.
Dessa forma, a ciência reforça a importância das atividades físicas na prevenção e tratamento da depressão, oferecendo uma abordagem natural e holística para o bem-estar mental e físico. Experimentar diferentes formas de exercícios e encontrar a intensidade adequada pode ser um passo valioso na jornada para uma vida mais saudável e equilibrada.
Fonte: © CNN Brasil
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