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Pesquisadores detectam sinal de objeto possível de restos de supernovas na Via Láctea, emitindo comunicado à imprensa.
Astrônomos identificaram um astro de nêutrons, possivelmente o mais lento dentre os mais de 3.000 já descobertos até agora.
Esse corpo estelar fascinante, conhecido como astro de nêutrons, revela segredos intrigantes sobre o universo.
Descoberta de um Novo Astro de Neutrões Surpreende a Comunidade Científica
Analisando um sinal que percorreu uma distância de 16 mil anos-luz até chegar à Terra, a equipe de cientistas divulgou uma novidade considerada ‘inesperada’ em um comunicado à imprensa. Essa descoberta tem o potencial de alterar as concepções dos pesquisadores sobre esse tipo de corpo estelar, bem como sobre as anãs brancas, que são a segunda opção considerada para o sinal encontrado. Isso levanta reflexões sobre a forma como esses corpos celestiais emitem suas ondas e a presença desse tipo de astro na Via Láctea.
O Telescópio na Terra conseguiu capturar detalhes de vulcões em uma lua de Júpiter, enquanto o Telescópio James Webb descobriu a galáxia mais antiga e distante já conhecida. Além disso, um planeta que lembra o lar de Spock em ‘Star Trek’ pode ser uma ilusão astronômica.
A cada 54 minutos, uma estrela de neutrões, também conhecida como astro de neutrões, é o resultado das explosões de corpos estelares no final de suas vidas, um fenômeno chamado de supernova. Esses restos são compostos por trilhões de nêutrons concentrados em uma esfera tão densa que sua massa, equivalente a 1,4 vezes a do Sol, está comprimida em um raio de apenas dez quilômetros. Esses corpos celestes normalmente giram em altíssimas velocidades, completando uma rotação em questão de segundos ou até mesmo frações de segundo.
No entanto, a nova estrela de neutrões descoberta emitia sinais a cada 54 minutos, tornando-a a mais lenta encontrada até o momento. Essa característica surpreendente foi destacada pelo professor de Astrofísica Ben Stappers, da Universidade de Manchester, na Inglaterra, que mencionou que essa descoberta desafia a compreensão atual sobre as estrelas de neutrões emissoras de rádio.
A pesquisa, liderada pela dra. Manisha Caleb, da Universidade de Sydney, e pelo dr. Emil Lenc, da Agência Científica Nacional da Austrália (CSIRO), contou com a participação de cientistas de renomadas instituições como a Universidade de Manchester e a Universidade de Oxford, ambas na Inglaterra. Os resultados foram publicados na revista Nature Astronomy.
Utilizando o radiotelescópio ASKAP da CSIRO na Austrália Ocidental, os pesquisadores coletaram dados que apontam para o corpo celeste responsável pelos sinais como uma estrela de neutrões, embora não descartem a possibilidade de ser uma anã branca isolada com um campo magnético excepcionalmente forte. Manisha Caleb destacou a peculiaridade desse objeto, que exibe três estados distintos de emissão, cada um com propriedades únicas. O radiotelescópio MeerKAT, na África do Sul, desempenhou um papel crucial na diferenciação desses estados.
O avanço das pesquisas nesse campo promete aprofundar a compreensão sobre os objetos mais enigmáticos do Universo e os complexos ciclos de vida dos corpos celestes.
Fonte: © CNN Brasil
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