Transtorno do Espectro Autista é uma condição, de autismo, que pode afetar qualquer pessoa. Clínicas especializadas oferecem tratamento.
O ministro Antônio Saldanha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), recentemente manifestou sua opinião sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), descrevendo-o como um ‘problema’ que precisa ser enfrentado de maneira eficaz. A declaração do ministro gerou uma reação considerável, com muitos questionando sua perspectiva sobre a condição.
De acordo com o ministro, as clínicas especializadas em tratamento do autismo ‘promovem um passeio na floresta’ em vez de oferecer soluções efetivas para os problemas enfrentados pelos indivíduos com TEA. Isso sugere que existem falhas na forma como o tratamento é prestado, levando a uma necessidade urgente de revisão e melhoria das estratégias utilizadas. O fato de o ministro ter comparado o tratamento a um passeio na floresta indica que ele acredita que o atual modelo não está satisfazendo as necessidades dos pacientes.
Autismo: O Grande Desafio
O ministro do STJ, Humberto Saldanha, fez uma declaração bombástica durante o evento de saúde do judiciário, destacando a importância de cuidar dos filhos com Autismo. ‘Para os pais, é uma tranquilidade saber que o seu filho, que tem um problema, vai ficar de 6 a 8 horas por dia em uma clínica especializada, passeando na floresta. Mas isso custa. Tem uma parte que é médica, outra parte é mais pedagógica, comportamental…E a gente vai ter que enfrentar isso’, destacou.
Saldanha criticou a Lei nº 14.289/2022, conhecida como Lei Romário, que proíbe a exigência de laudo médico para que pessoas com deficiência possam exercer seus direitos e estabelece critérios para que beneficiários de planos de saúde solicitem a cobertura de procedimentos não incluídos no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
‘Essa Lei 14.454, chamada de Lei Romário, porque o senador Romário foi indicado como relator. Não por acaso, mas ele tem um filho com problemas de cognição, uma filha, não sei bem… É uma lei que abriu, não fala em medicina baseada em evidência, ela fala o seguinte: se vier um laudo técnico, tem que conceder (tratamento). E aí começaram a proliferar, que isso foi direcionado basicamente às pessoas com problema de cognição’, afirmou o ministro do STJ.
O ex-jogador e senador pelo Rio de Janeiro é pai de Ivy, de 19 anos, que tem síndrome de down. Desde que ingressou na política, o tetracampeão mundial se empenha no direito das pessoas com deficiência.
‘Qualquer um’ pode ter ‘fator de autismo’, disse Saldanha. ‘Então, crianças que estão dentro do espectro, Transtorno do Espectro Autista, que é uma abrangência, o Autismo pode ser, qualquer um de nós pode ter um fator de autismo, qualquer um de nós, acredito que eu, deva ter também, mas é um espectro enorme e começaram a brotar clínicas de Autismo.’
Saldanha também criticou a falta de atenção para os Transtornos do Espectro Autista, dizendo que ‘queremos mudar essa visão e mostrar que não é apenas um problema de cognição, não é apenas um problema de comportamento, é uma questão de saúde, é uma questão de direitos’.
Fonte: @ Nos
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