Uruguaio luta contra timidez para ajudar companheiros, pensa na aposentadoria e defesa de Bielsa: “Não estávamos acostumados com a forma como ele trabalhava”
O futebol é uma arte que exige dedicação, talento e força de vontade e, no caso de Arrascaeta, o meio-campista do Flamengo não deixa de ser um dos principais nomes do futebol brasileiro. Com uma história de conquistas importantes, desde as vitórias na Libertadores e na Copa América até a presença na seleção nacional do Brasil, o jogador uruguaio não deixa de ser um dos grandes nomes do futebol contemporâneo.
Desde o seu forte início de carreira em 2010, Arrascaeta foi crescendo, uma constante na seleção uruguaia e na equipe do Flamengo, conquistando inúmeros títulos e estabelecendo-se como um dos melhores jogadores da América do Sul. No entanto, foi em 2019 que Arrascaeta realmente se destacou, tendo uma passagem marcante na Copa América, onde o Uruguai foi vice-campeão, e desde então, o jogador tem sido um dos principais nomes do futebol brasileiro, mostrando uma evolução notável desde o início da sua carreira.
Camisa 10 da torcida: Arrascaeta sonha em ser a 10 de Zico e confirmar 10 de seu ideal
Giorgian Arrascaeta se prepara para um adeus que poderá ser de grande magnitude para o Flamengo: a saída de Gabriel Barbosa, conhecido como Gabigol. Com a múltipla conquista do Brasil, o uruguaio de 30 anos divulgou que sonha em vestir a camisa 10 da equipe e que se sente simbolizado pela posição do lendário jogador Zico. Foi uma jornada de quase 10 anos no clube, marcada por conquistas e mudanças. A partida de Gabigol tirou o manto de herói da sua figura.
Hoje, ele quer vestir a camisa 10 e desenvolveu ferramentas para se soltar mais com os colegas de time. Além disso, contou com a ajuda da esposa e da psicologia para se adaptar ao esporte e à vida. O jogador contrapõe a sensação de brilho menos intenso na seleção uruguaia, onde nunca saiu para a Europa. Mas veio uma lua de mel no Brasil, desde a passagem pelo Cruzeiro até a loucura de vida no Flamengo. Ele viveu uma vida cheia de alegria e conquistas, desde a grande passagem pelo Cruzeiro até a loucura de vida no Flamengo.
Um terço da vida já se passou no Brasil
Aos 30 anos, um terço da vida já se passou no Brasil. É um carioca de Nova Berlin. Confira o vídeo com Arracaeta no link abaixo.
Ficha técnica:
Nome: Giorgian Daniel De Arrascaeta Benedetti;
Nascimento: 1 de junho de 1994, em Nova Berlin, no Uruguai;
Carreira: Defensor, Cruzeiro e Flamengo. Tem 52 jogos e 10 gols pela seleção uruguaia. Foi a duas Copas do Mundo;
Principais títulos: Defensor, torneio Clausura uruguaio 2012/2013; no Cruzeiro, Copa dos Brasil de 2017 e 2018 e o Mineiro de 2018; no Flamengo, Libertadores de 2019 e 2022, Recopa de 2020, Brasileiros de 2019 e 2020; Copas do Brasil de 2022 e 2024; Supercopas do Brasil de 2020 e 2021; Cariocas de 2019, 2020, 2021 e 2024.
Conquistou tudo, menos o reconhecimento do povo uruguaio
Você já tem a noção do tamanho de tudo o que já realizou no futebol brasileiro?
Às vezes, por conta das estatísticas e pelo que se lê na internet, a gente fica sabendo um pouquinho, mas acredito que a dimensão vai chegar quando passarem os anos, quando eu não for mais jogador e a minha marca ficar registrada no Brasil. Espero seguir conquistando e crescendo com o time, conquistando coisas importantes e taças no Flamengo. Esse é o meu pensamento. Daqui a uns anos, acho que a ficha vai cair e vou saber o que conquistei no Brasil.
Acha que o povo uruguaio tem ideia do que é o Arrascaeta no Brasil?
Sinceramente, acredito que não. Talvez um pouquinho pelo idioma. Uruguai, Argentina e outros países ficam um pouco mais isolados e não têm dimensão do tamanho que é o futebol aqui. Certamente conhecem os times pela Libertadores, mas não o que é viver aqui dentro, o dia a dia, as torcidas, acredito que não tenham dimensão de tudo isso.
Você tem tratamento de muito carinho desde que chegou ao Flamengo. Como recebe isso?
Desde que eu cheguei ao Rio de Janeiro, a torcida me abraçou. Tanto que quando eu não jogava era o torcedor que pedia para eu entrar em campo. Em momento algum duvidaram do meu potencial. Tenho uma gratidão eterna pelo torcedor. Dentro de campo, faço de tudo para ajudar os meus companheiros a ganhar títulos importantes, mas fora de campo sei que tenho uma responsabilidade grande. Sei que sou uma imagem para muitos meninos, muitas crianças e à medida que passou o tempo fui compreendendo muito mais isso, pude saber dessa responsabilidade fora de campo. Já fui criança e sei como é ver os ídolos de perto, por isso sempre faço um vídeo, tiro uma foto, sei o quanto é importante.
São dez anos de futebol.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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