Especialistas em desenvolvimento infantil afirmam que os pais precisam agir em situações de estresse e validar sentimentos das crianças, explicar limites e regras, como na atitude da passageira que ocupa o assento na janela, sem gravar vídeo de criança cansada.
Em meio a uma jornada aérea, uma claríssima falta de consideração chamou a atenção de muitos internautas. Uma passageira se recusou a entregar o assento da janela a uma criança que chorava, colocando em xeque a compaixão e a solidariedade entre passageiros. A cena, capturada por um vídeo divulgado nas redes sociais, gerou grande debate sobre a conduta da passageira e as expectativas de comportamento em situações como essa.
Um dos pontos mais intensamente discutidos foi a falta de empatia da passageira em relação à criança chorosa. Segundo muitos, a entrega do assento da janela seria um gesto simples de solidariedade e humanidade, especialmente considerando que estava sendo solicitada por uma menina. A negativa da passageira de ceder seu assento gerou uma reação negativa de muitos, que viram a situação como um exemplo de falta de consideração com os outros, principalmente com filhos e crianças que viajam em companhia de seus cuidadores.
Crise no Ar
Em uma viagem aérea, uma passageira, Jeniffer Castro, bancária de 26 anos, se recusou a trocar de assento para uma criança, filha de Aline, de 30 anos, em um voo da Azul Linhas Aéreas. No entanto, muitos passageiros apoiaram a atitude de Jeniffer e rechaçaram a mãe da criança, acusando-a de ter gravado o vídeo em que se via o episódio como uma forma de humilhar a jovem. A gravação, que circulou nas redes sociais, mostrava Jeniffer, sentada no assento da janela, segurando um tablet e assistindo a um vídeo; a criança, ao lado dela, chorava, enquanto Aline, sentada no assento ao lado, tentava acalmá-la. Havia uma menina com cerca de 7 anos, que também estava no assento, e que se apresentou como a irmã da criança cansada. Em entrevista ao portal Leo Dias, Aline afirmou que a filha estava chateada porque queria se sentar ao lado da avó, que estava no assento ao lado de Jeniffer. ‘
Declarações de Jeniffer e Aline
A bancária contou que foi xingada pela mãe da criança, que a chamou de ‘imbecil’ e perguntou se ela tinha algum problema por não querer trocar de lugar. Houve uma troca de lugares entre as duas mulheres, mas a situação acabou levando a um conflito. Jeniffer disse que foi filmada por uma pessoa que estava no assento ao lado e que a cena foi gravada e postada nas redes sociais. ‘
Psicólogos defendem Jeniffer
Nanda Perim, psicóloga especialista em Inteligência Parental, disse que a forma como Aline lidou com a situação foi inadequada, gerando ainda mais frustração para a criança. ‘
O Comportamento Inadequado
A psicóloga afirmou que a interferência de outras pessoas dificulta a tentativa da mãe de acalmar a criança, porque a criança percebe aquilo como algo muito mais grave do que realmente é. ‘
Estresse e Frustração
Mayra Gaiato, psicóloga e neurocientista infantil, disse que a interferência de outras pessoas também gera uma carga de estresse para a mãe, que já está tendo que lidar com a frustração do filho e o julgamento de outras pessoas. ‘
O Dilema dos Pais
Nanda Perim afirmou que os pais devem agir com maturidade, até porque algumas pessoas não se importam em trocar de lugar. ‘
Como Lidar com a Frustração das Crianças
Segundo Mayra Gaiato, por mais raiva que os pais possam sentir nessas situações, esse sentimento precisa ser controlado, porque é por meio do exemplo dos pais que os filhos aprendem a lidar com problemas. ‘
Um Exemplo a Ser Seguido
A psicóloga destacou que os pais são o principal modelo para as crianças e precisam cuidar muito de todas as suas ações, porque essas são as mensagens que passamos para elas sobre como conviver na sociedade.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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