Medicamento contra insomnia irregularmente usado e abusado, mesmo por jovens desejosos de alucinações. Causa dependência. Anvisa controla sua venda e determinação. Nova receita tipo B, evita submarções psicotrópicas. Hipnótico indicado para insônia, reavaliar paciente, abuso e dependência podem causar eventos adversos. Adendo: substâncias psicotrópicas controladas, mudança da receita preta em embalagens.
Amplamente divulgado nas mídias sociais por desencadear visões e atitudes imprevistas, como aquisições aleatórias, quando administrado de maneira inadequada, o remédio para distúrbios do sono zolpidem foi submetido a um aumento de controle para a prescrição e venda conforme estabelecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, a partir de 1º de dezembro, novos lotes do medicamento devem ser disponibilizados com embalagem de tarja preta.
É essencial controlar rigorosamente a distribuição desse fármaco devido aos seus potenciais efeitos adversos, garantindo que a venda seja realizada apenas mediante prescrição médica, a fim de proteger a saúde pública e evitar situações indesejadas. A medida visa promover o uso responsável do zolpidem e prevenir o seu uso indevido, contribuindo para a segurança e bem-estar da população.
Controle rigoroso para venda do zolpidem
Durante a reunião realizada na noite de quarta-feira, 15, a diretoria colegiada da agência determinou que o zolpidem, um hipnótico utilizado no tratamento da insônia, estará sujeito a um controle mais rígido a partir de 1º de agosto deste ano. A Anvisa estabeleceu que o fármaco só poderá ser prescrito por profissionais devidamente cadastrados na autoridade local de vigilância sanitária e com uma receita tipo B, conhecida como receita azul, que é mais restrita para medicamentos controlados.
O zolpidem já faz parte da lista de substâncias psicotrópicas, denominada lista B1, e é indicado para casos de insônia de curta duração. A recomendação médica é que o medicamento não seja utilizado por mais de quatro semanas sem uma reavaliação da condição do paciente, devido ao risco de abuso e dependência que aumenta com a dose e a duração do tratamento.
A decisão de aumentar o controle sobre a venda do zolpidem foi motivada pelo aumento dos relatos de uso indevido e abusivo do medicamento, assim como pelo crescimento dos eventos adversos relacionados à substância. Nos últimos anos, tem sido observado um aumento de episódios de eventos adversos associados ao uso do zolpidem, particularmente entre os jovens que compartilham suas experiências nas redes sociais.
A medida foi recebida com elogios por entidades como a Associação Brasileira do Sono (ABS) e a Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS), que enfatizam a importância do uso do medicamento apenas sob prescrição médica e com acompanhamento profissional. O presidente da ABS, Luciano Drager, destacou que a resolução da Anvisa visa aprimorar o controle do uso do zolpidem em benefício dos pacientes.
Uma das principais mudanças foi a inclusão do zolpidem no adendo 4 da lista de substâncias psicotrópicas controladas, o que implica em novas regras para a venda do medicamento. Anteriormente, medicamentos contendo até 10 mg de zolpidem por unidade posológica podiam ser comercializados sob as mesmas regras dos medicamentos da Lista de Substâncias Sujeitas a Controle Especial, a lista C1. No entanto, a agência identificou a necessidade de um critério regulatório mais rigoroso para esses casos.
Além da mudança na receita, os medicamentos produzidos a partir de 1º de dezembro deverão apresentar a tarja preta em suas embalagens, indicando que se tratam de medicamentos controlados. Embalagens com tarja vermelha poderão ser vendidas até o final do prazo de validade, mas os consumidores deverão apresentar a receita azul para adquirir o medicamento, conforme as novas diretrizes da Anvisa.
Fonte: @ Veja Abril
Comentários sobre este artigo