Ator emociona ao falar sobre alucinações da avó, que o levavam a uma realidade paralela, com alucinações auditivas, lembrando uma trouxinha de roupas na estação de trem perto da casa da infância.
Antonio Calloni, de 62 anos, compartilhou uma história emocionante sobre sua avó, que sofria de um transtorno neurológico. Embora não houvesse um diagnóstico preciso na época, a experiência de convivência com ela foi marcante. “Eu não sei se era esquizofrenia ou outro tipo de doença mental que a afetava, mas o que importa é que ela era uma pessoa muito especial”, disse ele.
A convivência com sua avó, que apresentava sintomas de um distúrbio cerebral, foi uma experiência que o marcou profundamente. “Eu me lembro de como ela era antes de ser acometida por essa condição neurológica. Ela era uma pessoa muito forte e independente, e ver a doença afetá-la foi muito difícil para mim e para toda a família”, disse Antonio. A experiência o ensinou a valorizar a importância da empatia e do apoio.
Um Olhar sobre o Transtorno Neurológico
Antonio Calloni compartilha uma experiência pessoal que o levou a entender melhor o transtorno neurológico que afetou sua avó. Ele descreve como, quando criança, sua avó começou a ter alucinações auditivas, o que a levava a entrar em uma realidade paralela. ‘Ela começou a ter alucinações. Eu era criança, tinha uns 10, 11 anos e adorava. Um belo dia, estava dormindo e comecei a ouvir gritos. ‘Ho perso il treno. Ho perso il treno’ (perdi o trem, perdi o trem). E eu: ‘Oba, hoje tem show da vovó’.’
Calloni conta como interferiu na situação, tentando ajudar sua avó a sair daquela realidade paralela. ‘Falei para minha avó: ‘Calma! Eu também ouvi o trem. E ele não parou para mim. Vamos esperar aqui na estação?’. Aí, sentávamos de volta na cama dela, ela com a trouxinha de roupas, eu do lado e falava: ‘Vó, aqui na estação, não estou vendo ninguém para entender a gente. Vamos ver como estão os trilhos? O que houve?’. Ela olhava, via que não tinha trilhos, dizia que aquele lugar estava parecendo com o quarto dela. E ela: ‘É mesmo. É o meu quarto’.’
Entendendo a Doença Mental
Essa experiência pessoal de Calloni destaca a importância de entender e lidar com transtornos neurológicos, como a doença mental que afetou sua avó. É fundamental resgatar a infância e alimentar o complexo de Peter Pan, como ele mesmo afirma. ‘Acho fundamental ficar sem fazer nada. Gosto de não fazer nada. Nunca fui workaholic. Quando trabalho, trabalho com paixão total e absoluta. Minha formação foi toda no teatro em São Paulo, com Célia Helena e Antunes Filho, dois grandes mestres. Li alta literatura, conheci música clássica, mas é fundamental resgatar a casa da infância.’
Calloni também destaca a importância de entender a condição neurológica que afetou sua avó, e como isso o ajudou a lidar com a situação. ‘É fundamental entender o distúrbio cerebral que afetou minha avó, e como isso me ajudou a lidar com a situação. É importante resgatar a infância e alimentar o complexo de Peter Pan, para que possamos entender melhor os transtornos neurológicos e como lidar com eles.’
Um Olhar sobre a Vida de Calloni
Calloni também compartilha um pouco sobre sua vida e carreira, destacando a importância de resgatar a infância e alimentar o complexo de Peter Pan. ‘Minha carreira sempre teve desfaçatez e cara de pau. Eu agia intuitivamente para lidar com situações em que a avó entrava em uma realidade paralela. É fundamental entender a doença mental e o distúrbio cerebral que afetou minha avó, e como isso me ajudou a lidar com a situação.’
Fonte: © Revista Quem
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