Empresa do grupo J&F importará energia, sendo remunerada por encargo na conta de luz. Estima-se economia de R$9 mi/mês de novembro a janeiro.
A energia é um recurso fundamental para o funcionamento de diversas atividades em todo o mundo. Seja para iluminar cidades, movimentar máquinas ou aquecer ambientes, a energia é essencial para o desenvolvimento e bem-estar da sociedade. A importação de energia da Venezuela para suprir Roraima, aprovada pela Aneel, é uma medida importante para garantir o fornecimento energético em uma região desconectada do Sistema Interligado Nacional.
A eletricidade gerada pela empresa Âmbar, do grupo J&F, será remunerada pela CCC, uma forma de garantir o financiamento da geração de energia termelétrica em sistemas isolados. Essa decisão contribui para fortalecer a segurança energética da região e assegurar a força do abastecimento elétrico em Roraima.
Importância da Energia Elétrica para Roraima
‘Claro que, em uma primeira análise, temos o uso da CCC, mas com uma perspectiva futura de redução, o que implica também na diminuição do subsídio, que é suportado por todos os consumidores’, afirmou o diretor da Aneel Hélvio Guerra.
Como Roraima não está conectada ao sistema nacional, o estado é atendido por usinas termelétricas —mais poluentes e caras. A previsão da Aneel é que, com a importação da Venezuela, haja uma economia mensal de cerca de R$ 9 milhões na CCC no período de novembro a janeiro de 2024.
O preço da energia importada será de R$ 1.080,00 por megawatt-hora (MWh) para os primeiros 30 MW importados e depois, para a importação de 31 MW a 60 MW, o preço passa a R$ 900 por MWh.
A Deliberação do CMSE e as Diretrizes Técnicas
‘Um ponto crucial é que essa deliberação do CMSE, com base nos estudos do operador, foi pré-definido que esse montante de importação não deveria superar 15 MW ao longo da operação da importação’, afirmou o superintendente da Aneel, Alessandro Cantarino.
Segundo a Aneel, a estimativa é que Âmbar deve receber R$ 17 milhões entre novembro e janeiro de 2024 — período em que a importação foi autorizada.
Retomada da Importação de Energia da Venezuela
Em outubro, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) aprovou as diretrizes técnicas e econômicas para a retomada de importação de energia da Venezuela para abastecimento de Roraima.
Com a importação, a energia das usinas termelétricas que hoje abastecem Roraima será substituída pela produção da usina hidrelétrica de Guri, na Venezuela.
A retomada foi viabilizada por um decreto assinado em agosto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que autorizou o Brasil a importar energia de países vizinhos.
Impacto da Importação de Energia na Economia
Segundo o decreto, é necessária a manifestação do CMSE e do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). Depois, a Aneel deve aprovar o preço e volume de energia importada. A Venezuela parou de enviar energia a Roraima em 2019, após uma série de apagões históricos no país. Desde então, o fornecimento aos consumidores no estado é feito por usinas termelétricas.
Fonte: G1 – Política
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