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Mandados de prisão emitidos pela 10ª Vara Federal do RJ na operação Disclosure, investigando ex-diretores da empresa na fraude de 25,3 bi que levou Americanas à recuperação judicial.
RIO DE JANEIRO (Reuters) – O ex-presidente-executivo da Americanas (AMER3) e a ex-diretora da varejista Anna Saicali terão seus nomes incluídos na lista vermelha de procurados pela Interpol depois que a Polícia Federal não conseguiu cumprir mandados de prisão preventiva contra ambos pois os dois estão no exterior, disse uma fonte com conhecimento do caso. Os mandados de prisão foram emitidos pela 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro no âmbito da operação Disclosure, que apura a participação de ex-diretores da companhia na fraude contábil de 25,3 bilhões de reais que levou a Americanas à recuperação judicial.
Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de crescimento para os próximos meses e anos Continua depois da publicidade O Ministério Público Federal (MPF) confirmou que os alvos dos mandados de prisão não foram encontrados pois estão no exterior, mas não informou os nomes deles. A empresa está enfrentando uma situação delicada com a investigação em curso, o que levou a repercussões significativas nos mercados financeiros.
Americanas: Operação da PF envolve mandados de prisão e busca e apreensão
A Americanas está no centro de uma investigação que resultou em mandados de prisão e busca e apreensão. A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), conduziu uma operação que visa desvendar fraudes e irregularidades na empresa. A PF não divulgou oficialmente os nomes dos envolvidos, mas os mandados visavam ex-diretores da varejista no Rio de Janeiro.
As investigações revelaram indícios de crimes graves, como manipulação de mercado, uso de informação privilegiada, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Caso os envolvidos sejam condenados, podem enfrentar até 26 anos de reclusão. Além dos mandados de prisão e busca e apreensão, a Justiça determinou o sequestro de bens e valores dos ex-diretores investigados, ultrapassando 500 milhões de reais.
A Americanas, por sua vez, se pronunciou afirmando ser vítima de uma fraude perpetrada por sua antiga diretoria, que teria manipulado os controles internos de forma dolosa. A empresa expressou confiança nas autoridades responsáveis pela investigação e aguarda a conclusão do processo para responsabilizar judicialmente todos os envolvidos.
A situação financeira da Americanas foi abalada pela revelação do rombo em janeiro de 2023, quando a empresa estava sendo negociada a 12 reais por ação. Atualmente, as ações da empresa fecharam em 0,40 real. A empresa acionou judicialmente Gutierrez e outros ex-funcionários, acusando-os de fraude. Gutierrez, que reside na Espanha, negou ter conhecimento das irregularidades contábeis durante sua gestão na varejista.
Em meio a investigações e esforços conjuntos para esclarecer os fatos, a Americanas acredita na justiça e espera que a verdade seja revelada. Enquanto isso, representantes de Gutierrez e Anna Saicali estão sendo procurados para prestar esclarecimentos, mas até o momento não responderam aos pedidos de comentários. A empresa segue em busca de respostas e transparência em meio a esse cenário desafiador.
Fonte: @ Info Money
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