Grandes empresas de tecnologia discutiram licenciamento de conteúdo para softwares de vídeo com cenários realistas e parcerias com estúdios.
A Alphabet (GOOGL), empresa-mãe do Google, e a Meta (M1TA4) negociaram com renomados estúdios de cinema em Hollywood sobre a autorização de conteúdo para ser utilizado em softwares de produção de vídeo de inteligência artificial das gigantes da tecnologia, conforme informado por fontes próximas ao tema. Ambas as companhias estão inovando em tecnologias capazes de gerar cenas autênticas a partir de comandos de texto e propuseram dezenas de milhões de dólares para estabelecer, de alguma maneira, parcerias com os estúdios.
Essa interação entre as empresas de tecnologia e a indústria cinematográfica evidencia o avanço da IA na criação de conteúdo visual e a busca por colaborações estratégicas para aprimorar ainda mais as capacidades dessas ferramentas inovadoras. A integração de recursos de inteligência artificial nos processos de produção de vídeo promete revolucionar a forma como o entretenimento é criado e consumido, abrindo novas possibilidades criativas e comerciais no mercado atual.
Inteligência Artificial na Indústria do Entretenimento
A rival OpenAI, apoiada pela Microsoft (MSFT34), tem mantido conversas semelhantes. Alphabet, Meta e OpenAI preferiram não comentar as negociações. Os estúdios de Hollywood estão ansiosos para explorar maneiras inovadoras de utilizar a inteligência artificial para reduzir custos e, ao mesmo tempo, proteger seu trabalho contra possíveis roubos. Eles estão cautelosos em relação à disponibilização de filmes e programas de TV para empresas de tecnologia sem controle sobre o uso desses conteúdos.
Recentemente, a atriz Scarlett Johansson solicitou que a OpenAI interrompesse o uso de uma voz semelhante à sua para alimentar seu chatbot, após se recusar a colaborar com a empresa. Enquanto isso, a News Corp., proprietária do Wall Street Journal e de outros veículos de comunicação, fechou um acordo com a OpenAI no valor de mais de US$ 250 milhões ao longo de cinco anos, permitindo o uso de conteúdo de suas publicações.
A Warner Bros Discovery demonstrou interesse em licenciar alguns de seus programas para treinar modelos de inteligência artificial, porém apenas para divisões específicas, não para toda a sua biblioteca. Por outro lado, Walt Disney e Netflix (NFLX34) não estão dispostas a licenciar seu conteúdo, mas mostraram interesse em outras formas de colaboração.
Os estúdios de Hollywood já estão utilizando softwares de cópia de inteligência artificial na produção, juntamente com muitos cineastas. Tyler Perry utilizou essa tecnologia para reproduzir a maquiagem de sua personagem nos filmes ‘Madea’. O diretor Robert Zemeckis também implementou inteligência artificial para rejuvenescer a idade de Tom Hanks em um filme próximo.
Uma nova geração de tecnologias, incluindo Sora da OpenAI e Veo da Alphabet, promete auxiliar os cineastas na criação rápida de clipes vívidos e realistas com base em breves descrições. Essas capacidades têm gerado entusiasmo e apreensão em Hollywood, onde houve uma greve de um mês no ano passado devido às preocupações sobre o impacto da inteligência artificial nos empregos.
Tyler Perry, reconhecido ator, cineasta e proprietário de estúdio, ficou impressionado com uma demonstração do Sora, a ponto de adiar os planos de expansão de seu estúdio. Ele tem destacado as oportunidades que a inteligência artificial traz para os estúdios, mas também alertou sobre os desafios que a tecnologia pode trazer para o mercado de trabalho, instando a indústria a buscar regulamentações adequadas.
Na indústria musical, a postura tem sido rígida em relação ao uso de IA. A Universal Music processou a Anthropic, uma startup de IA, por plágio de letras de músicas, chegando a retirar temporariamente suas músicas do TikTok para proteger seus artistas. O Sony Music enviou cartas a centenas de artistas alertando sobre os riscos do uso indevido de tecnologias de inteligência artificial.
Fonte: @ Info Money
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