Rosana Richtmann, do Instituto Emilio Ribas, fala sobre efeito do frio na saúde e problemas de doenças infecciosas no programa Sinais Vitais da CNN.
Os abrigos provisórios estabelecidos no estado de São Paulo para os indivíduos desalojados devido às inundações são ambientes propícios à disseminação de doenças infecciosas, conforme alertou Ana Paula Sayuri Sato, especialista em infectologia do Hospital das Clínicas. ‘Com a aglomeração de pessoas em espaços reduzidos, aumenta significativamente o risco de doenças infecciosas se proliferarem, como já observamos com a ocorrência de surtos de conjuntivite e gastroenterite’, ressaltou a médica.
A prevenção e o controle de doenças infecciosas são essenciais para mitigar os riscos de proliferação em situações de emergência como essa. Medidas de higiene rigorosas, vacinação adequada e monitoramento constante da saúde dos abrigados são fundamentais para evitar a propagação de enfermidades e garantir o bem-estar da população afetada’, enfatizou Ana Paula Sayuri Sato.
Os desafios das doenças infecciosas em meio a surtos e proliferação
‘Questões relacionadas a outro problema que é a aglomeração de muitas pessoas em um local’, mencionou o especialista. A afirmação foi feita durante uma entrevista com o médico Roberto Kalil, no programa CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista, desta semana, que será transmitido às 19h30 do sábado (1º). Mulheres grávidas podem queimar quase 50 mil calorias, revela pesquisa. Cúrcuma: confira 8 vantagens e maneiras de consumir. Como alcançar maior felicidade? Médico oferece orientações e explica como reconfigurar seu cérebro. A profissional também ressaltou que o período de frio contribui para o surgimento de doenças respiratórias como gripe e a Covid-19. Doenças infecciosas com longo período de incubação no corpo humano também representam grandes riscos, conforme mencionado, como nos casos de leptospirose, hepatite A, tétano e febre tifoide. O programa Sinais Vitais desta semana irá discutir os perigos da proliferação de doenças infecciosas no RS, que estão em ascensão a cada dia. Juntamente com Richtmann, o ex-secretário de Saúde do estado de São Paulo David Uip também terá participação no programa. Os médicos explicam que os desafios de saúde do RS podem ser categorizados em três etapas: Ligados à água contaminada: doenças diarreicas e gastroenterites; Relacionados a aglomerações em abrigos; e a Dengue. ‘Esperamos que haja menos casos de dengue devido à temperatura, porém, há o risco de veranico’, menciona Uip, referindo-se ao fenômeno climático de calor intenso durante o inverno no Sul do Brasil. ‘É verão e água parada. Portanto, devemos nos preparar para lidar com a dengue’. Uip e Richtmann também ressaltam a importância das autoridades de saúde realizarem a profilaxia da raiva na população e nos animais. A situação é preocupante, especialmente devido à baixa adesão à cobertura vacinal no Rio Grande do Sul. ‘Não deveríamos estar discutindo sobre tétano [por exemplo], é uma doença evitável, da tríplice viral’, explica Uip. Conforme ele, muitas das doenças que surgem atualmente no estado devido às enchentes podem ser prevenidas por vacinas disponíveis pelo SUS, o que, em momentos como esse, auxiliaria na redução do número de doentes e na minimização do impacto no sistema de saúde, que está extremamente comprometido.
Fonte: © CNN Brasil
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