Crise começou com dividendos e segue com fritura do presidente. Troca no Conselho afetaria aliado do ministro de Minas.
A situação na Petrobras parece estar tomando novo rumo, com a crise entre o presidente da companhia, Jean Paul Prates, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, atingindo novos patamares nos últimos dias.
Há uma movimentação dos aliados de Prates em busca de uma solução intermediária para resolver a crise, optando por nomear o presidente do BNDES para ocupar a presidência do Conselho de Administração, ao invés de substituí-lo por Aloizio Mercadante.
A Petrobras vem enfrentando uma série de desafios nos últimos tempos, com a estatal sendo alvo de intensos debates e mudanças.
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A solução aventada inicialmente passaria por Aloizio Mercadante assumir a empresa e, como consequência, Nelson Barbosa presidir o banco em seu lugar.
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Com Mercadante no comando do Conselho da Administração da companhia, no entanto, Prates poderia manter-se na presidência da estatal. Por esse arranjo, Pietro Mendes, eleito em abril de 2023 e aliado de Silveira, perderia o posto.
O presidente do conselho é responsável por convocar os conselheiros para se manifestarem sobre temas importantes, controlar a relevância das intervenções, organizar votações e anunciar resultados. Também cabe ao presidente definir votações que fiquem empatadas.
Com esse movimento, Prates e Mercadante podem virar o jogo da atual crise. O presidente do BNDES tem repetido a interlocutores que não quer sair do banco e que se dá muito bem com Prates. Uma troca geraria estranhamento entre ambos. Já Prates diz a pessoas próximas que só sai demitido da Petrobras.
A última reunião do Conselho de Administração acontece no próximo dia 19. Já a eleição dos novos conselheiros se dará em 25 de abril, durante a próxima Assembleia Geral Ordinária.
Fonte: G1 – Política
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