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Vice-presidente e ministro do Desenvolvimento defendem importação do gás argentino da reserva de Vaca Muerta, devido a avanço na regulação.
O ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, enfatizou a importância de realizar uma análise minuciosa do preço do gás natural. Ele destacou que não existe uma solução fácil e rápida para esse problema, mas sim uma série de medidas a serem tomadas.
Alckmin também abordou a possibilidade de importação de combustível natural de Vaca Muerta, na Argentina, como uma alternativa viável para reduzir os custos do gás natural. Essa medida seria especialmente benéfica para setores industriais que utilizam o gás natural de forma intensiva, como a indústria de aço e de vidro.
Ministro do Desenvolvimento defende redução da reinjeção de gás natural
O ministro do Desenvolvimento Econômico, em meio a discussões sobre o mercado de combustível natural, defendeu a necessidade de reduzir o nível de reinjeção de gás natural. Ele ressaltou que é importante reinjetar gás natural para aumentar a extração de petróleo, mas destacou que existe um percentual que pode ser aproveitado. Suas declarações foram feitas durante um evento promovido em parceria com o Movimento Brasil Competitivo (MBC).
Avanço na regulação do mercado de gás natural
Durante o evento, o ministro recebeu um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre o mercado de gás natural no Brasil. O estudo ressaltou a necessidade de avanço na regulação da abertura do mercado, incluindo a padronização de contratos e o acesso a infraestruturas essenciais.
Importação do Gás da Argentina
Recentemente, o ministro de Minas e Energia revelou que o governo está estudando a importação do gás natural produzido na região de Vaca Muerta, na Argentina. Existem análises em andamento sobre a possível rota de importação do gás, seja pela Bolívia ou pelo Paraguai. O governo estima a entrada de 3 milhões de metros cúbicos de gás por dia com a importação argentina.
Gás de xisto e o impacto ambiental
Vale ressaltar que o gás natural produzido em Vaca Muerta é categorizado como ‘gás de xisto’, um tipo de recurso não-convencional que necessita de técnicas específicas para a sua extração. No entanto, o uso dessas técnicas é alvo de preocupações ambientais, devido aos possíveis danos ao meio ambiente, como a poluição de lençóis freáticos. Esse é um ponto que merece atenção durante as discussões sobre a importação do gás natural.
Comitê de Monitoramento e Regulação do Gás Natural
Além disso, o ministro anunciou a criação de um comitê de monitoramento de projetos de gás natural, que terá como objetivo aumentar a oferta do insumo e reduzir o preço para a indústria. Este comitê será criado a partir de um grupo de trabalho existente, que já estuda as possibilidades de aumento de oferta do insumo, chamado de GT do Gás para Empregar. Este é um passo importante para a regulação do mercado e o desenvolvimento da indústria do gás natural.
Fonte: G1 – Política
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