Saldo do Dia: O mercado de açõesmarca cautela máxima entre investidores, bilhete mais baixo desde maio, discurso do chefe de Estado americano e taxa em contratos futuros de juros intimidam.
Assim como em 1981, quando Ronald Reagan se tornou presidente, Donald Trump também tomou posse da Casa Branca em uma data em que o mercado de ações americano estava fechado, por causa do dia de Martin Luther King Jr. Dessa forma, o novo presidente não terá que lidar com a reação do mercado financeiro, no início de seu mandato.
Em seu discurso de posse, Trump comemorou a vitória e apelou para o consenso, mas também fez um apelo às divisões nacionais. No entanto, o discurso do republicano, que é conhecido por suas declarações polêmicas, ainda gerou muita polêmica. O discurso de Trump também foi criticado por alguns críticos que acreditam que ele não alcançou seu potencial e que o discurso foi mais focado em insinuar que os democratas o tinham sabotado do que em prometer soluções. O presidente eleito, Donald Trump, reiterou seu compromisso de trabalhar em prol do interesse nacional americano e de evitar conflitos desnecessários.
Repercussões do Discurso do Presidente Americano
O mercado financeiro global, novamente, se viu afetado pelo discurso de um chefe de Estado americano. Embora Trump tenha evitado introduzir tarifas no seu primeiro dia, a falta de novidades trouxe um alívio temporário aos mercados globais. Nesta segunda-feira (20), o Ibovespa girou míseros R$ 8,2 bilhões, o que é o menor valor desde 27 de maio de 2024. Em comparação com a média diária dos últimos 12 meses, de R$ 16,5 bilhões, esse valor é considerado escasso. O índice conseguiu salvar alguns ganhos, mas apenas por inércia, conquistando 0,4% de alta e alcançando 122.855 pontos. No entanto, o movimento foi bastante pulverizado, refletindo a cautela do mercado diante das possíveis consequências do discurso do republicano.
O discurso de Trump foi recebido com um cessar-fogo no mercado financeiro, o que pode ser interpretado como um sinal de que as tempestades comerciais ainda estão para vir. A falta de tarifas no primeiro dia em cargo não significa que a guerra comercial tenha terminado. Em vez disso, significa que os problemas do protecionismo americano e suas consequências devem ser enfrentados no futuro. Segundo o Wall Street Journal, o presidente americano não impôs tarifas e, em vez disso, divulgou um memorando orientando as agências federais a estudar as políticas comerciais e avaliar as relações comerciais dos EUA com a China e países vizinhos na América.
O adiamento das más notícias deu espaço para algum alívio no quadro doméstico. Embora as conclusões no Boletim Focus de hoje tenham sido negativas, o dólar comercial recuou 0,4% contra o real, alcançando R$ 6,04. No acumulado desde o começo deste ano, a queda da moeda americana é de 2,2%. Além disso, as taxas em contratos futuros de juros recuaram. O cenário inflacionário doméstico continua sob alerta máximo, mas o ambiente internacional pode não ser tão nocivo quanto se esperava.
O mercado financeiro global, portanto, se viu afetado pelo discurso do republicano, mas as consequências ainda precisam ser avaliadas. O discurso de Trump foi recebido com cautela, e o mercado financeiro aguarda com ansiedade o que vai acontecer em seguida. O mercado financeiro global, novamente, se viu afetado pelo discurso de um chefe de Estado americano, e as consequências ainda precisam ser avaliadas.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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