Formação de curso de agroecologia para pessoas em situação de vulnerabilidade com foco em produção de repelentes naturais, shampoo de quiabo e sabão com óleo reciclado, bem como apoio emocional e técnicos.
A capacitação de quatro meses foi desenvolvida com o objetivo de promover a prática da agroecologia, e abordou temas como produção sustentável e estado emocional. A capacitação incluiu aulas teóricas e práticas de cultivo de alimentos orgânicos, além da produção de repelentes naturais e produtos de higiene.
Essa capacitação foi um momento singular, abordando temas como produção sustentável e agroecologia, e também promovendo a melhoria do estado emocional das pessoas. Comunidades rurais foram contempladas com a capacitação, onde atividades práticas foram desenvolvidas, como produção de repelentes naturais e produtos de higiene, como shampoo de quiabo e sabão com óleo reciclado. A capacitação teve como objetivo fomentar a prática de agroecologia e comunidades sustentáveis.
Transformação em Campo de Agroecologia
O curso de agroecologia no Recife, localizado no Sítio Natan Vale, no bairro do Cordeiro, foi um divisor de águas para muitos alunos, especialmente idosos em situação de vulnerabilidade. Dona Helena Júlia, 79 anos, é um exemplo disso, após passar por um trauma com a perda do marido em um acidente de avião, o que a levou a perder a voz por muitos anos. Com o tempo, ela foi recuperando a confiança e a capacidade de se comunicar, ao ponto de declarar durante a formatura: ‘Eu só tenho a agradecer, muito obrigada’. Esta frase, aliás, é uma imensa vitória para ela, diante do trauma que teve de superar.
Oficina de Turbantes e Colheita
A formatura do curso de agroecologia foi marcada por uma oficina de turbantes, colheita e entrega simbólica de diplomas, celebrando o aprendizado e o fortalecimento de um novo olhar para a terra, a vida e a si mesmo. Dona Valdete Lima, 51 anos, é outra aluna que superou grande adversidade. Ela conta que, após sofrer violência doméstica e racismo, procurou ajuda no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e foi convidada a participar do Cultiva Recife. Ela se sentiu acolhida e útil no curso, e conta que sua história seria diferente.
Alunos Encontram Novos Caminhos
Com duração de quatro meses, o curso de agroecologia abordou temas como agroecologia, soberania alimentar, plantio, ervas medicinais, plantas alimentícias não convencionais e gestão de resíduos. Alexandre Alves, 56 anos, que trabalha como lavador de carros, se encantou pelo cultivo das plantas e, frequentemente, preferia passar mais tempo no canteiro. Além disso, ele aprendeu a fazer suco verde e sabão e, em alguns dias, almoçava tudo que veio da sua própria plantação. Agatha Raquel, 19 anos, gostou muito da aula de suco verde, e descobriu que pode fazer uma bebida saudável e deliciosa usando plantas que crescem naturalmente.
Fonte: @ Terra
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