Isótopos de ferro migram do núcleo metálico sólida para o manto terrestre sob pressões intensas.
No coração do planeta Terra, a esfera metálica é dominada pelo elemento ferro, que forma uma mistura rica com o níquel. Esta rocha metálica sólida é a base do núcleo do planeta.
Este núcleo, composto principalmente por ferro, é mantido na sua forma sólida por causa da alta pressão exercida pelo calor do planeta. A esfera metálica é cercada por uma camada de metal líquido, que é responsável por conduzir a força magnética da Terra. Essa camada líquida, também composta por ferro, faz com que a Terra seja um planeta magnético, influenciando a rotação de outras esferas celestes. De vez em quando, vazando esse campo magnético, o planeta expõe seus pontos magnéticos, permitindo a observação de sua complexidade.
Descobertas que revolucionam a nossa compreensão do planeta
A interação entre o núcleo da Terra e o manto terrestre é um processo complexo que envolve a transferência de isótopos de ferro, abrindo caminho para novas pesquisas. Os cientistas sugerem que os limites entre essas duas camadas podem ser mais permeáveis do que se pensava, o que pode ter implicações significativas para a nossa compreensão da evolução geológica do planeta.
Os isótopos de ferro em movimento
Isótopos de ferro estão migrando do núcleo para o manto terrestre, um processo que pode estar ocorrendo há bilhões de anos. Essa descoberta foi feita por meio de experimentos que simularam condições análogas ao núcleo da Terra, com temperaturas superiores a 2.000°C e pressões intensas. Os resultados mostraram que os isótopos de ferro se deslocam conforme a variação de temperatura, com os isótopos mais pesados tendendo a migrar para regiões mais frias.
O ‘vazamento’ do núcleo para o manto
Esse processo de transferência de isótopos de ferro pode estar ocorrendo há bilhões de anos, o que significa que o núcleo da Terra está interagindo com o manto há muito mais tempo do que se pensava. Isso pode ter implicações significativas para a nossa compreensão da evolução geológica do planeta.
Água no manto: uma descoberta intrigante
A zona de transição do manto, localizada entre 410 e 660 km de profundidade, abriga um mineral chamado ringwoodita, capaz de armazenar água em sua estrutura cristalina. As estimativas indicam que, se apenas 1% dessa zona contiver água, isso representaria até três vezes o volume dos oceanos terrestres. Essa descoberta reforça a ideia de que a maior parte da água do planeta pode estar aprisionada no interior, longe da superfície.
Um planeta em constante transformação
Essas descobertas nos mostram que, sob nossos pés, há um planeta em constante transformação, onde materiais essenciais circulam entre as profundezas e a superfície, mantendo um delicado equilíbrio que molda a evolução geológica. A interação entre o núcleo e o manto é um processo complexo que envolve a transferência de isótopos de ferro, o ‘vazamento’ do núcleo para o manto e a presença de água no manto. Essas descobertas revolucionam a nossa compreensão do planeta e abrem caminho para novas pesquisas.
Fonte: @Olhar Digital
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