Companhia perdeu valor de mercado devido a falta de pagamento de dividendos. Lula e presidente da Petrobras discutem controvérsia.
Após a divulgação do resultado do quarto trimestre de 2023, a força nacional no Rio de Janeiro investimento de quase R$ 10 milhões e resultados na prisão de 12 pessoas e apreensão de apenas 200 gramas de drogas, a Petrobras optou por suspender o pagamento de dividendos extraordinários, apesar de possuir dinheiro suficiente para tal.
Essa medida resultou em uma queda de R$ 55,3 bilhões no valor de mercado da empresa, gerando uma grande controvérsia a ser enfrentada pelo governo federal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, estão trabalhando juntos para resolver essa questão.
Entenda a disputa em três perguntas e respostas:
- O que mudou na política da Petrobras?
- Por que a Petrobras não pagou dividendos?
- Qual o envolvimento do governo Lula?
O que mudou na política da Petrobras?
Em 2022, a Petrobras era conhecida por sua distribuição de dividendos generosa aos acionistas, sendo o pagamento feito de forma trimestral, considerando o resultado apurado no período de três meses. Entretanto, em julho de 2023, o estatuto social da Petrobras foi alterado, trazendo mudanças também na política de dividendos, reajustando os dividendos extraordinários para 45% da diferença entre fluxo de caixa operacional e investimentos, que seriam pagos quando o endividamento fosse menor que US$ 65 bilhões. Além disso, a distribuição extraordinária deixou de ser trimestral, levando os investidores a acreditar que o pagamento seria anunciado no término do ano fiscal, ou seja, com o anúncio dos resultados do quarto trimestre.
Por que a Petrobras não pagou dividendos?
Os resultados de 2023 da Petrobras foram divulgados indicando a possibilidade de pagamento de dividendos extraordinários, com um endividamento bruto de US$ 62,6 bilhões, ou seja, abaixo dos US$ 60 bilhões previstos no estatuto, e um lucro líquido de R$ 124,6 bilhões em 2023. No entanto, o Conselho de Administração decidiu pagar apenas os dividendos mínimos e transferir o valor de R$ 43,9 bilhões, que seria distribuído de forma extraordinária aos acionistas, para a conta de reserva de remuneração de capital.
Em conferência com analistas de bancos e investidores, o diretor de Financeiro da Petrobras, Sergio Caetano Leite, reconheceu que há ‘folga‘ para o pagamento de dividendos. A decisão do Conselho de Administração teria sido tomada como forma de reserva para os investimentos previstos no plano estratégico da companhia.
Qual o envolvimento do governo Lula?
A proposta da diretoria da Petrobras era distribuir metade dos dividendos extraordinários previstos, mas os indicados pelo governo no Conselho de Administração votaram contra. A mídia sugeriu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria arbitrado a disputa entre os integrantes da diretoria e do conselho. A situação reflete a disputa entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, por influência na companhia. Silveira conseguiu emplacar aliados no Conselho de Administração da petroleira, o que acaba tendo maioria nas decisões estratégicas da empresa.
Fonte: G1 – Política
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