Ministros do Supremo Tribunal Federal adotam estratégias diferenciadas em suas atuações.
A escolha da pauta do Supremo Tribunal Federal não é uma decisão arbitrária, mas sim o resultado de um processo rigoroso que envolve a análise de diversos fatores, como a importância da questão, a relevância da causa e a competência dos advogados envolvidos. Nesse contexto, a atuação de advogados experientes, como o Augusto Aras, pode influenciar significativamente a decisão do ministro sobre a inclusão de um caso na pauta.
A pauta do Supremo Tribunal Federal é elaborada com base em critérios rigorosos, conforme estabelecido pelo Código de Processo Civil, que visa garantir a igualdade de todas as partes envolvidas em um processo. No entanto, a prática mostrou que a seleção de casos também é influenciada pela opinião pública e pela atuação da imprensa, que pode exercer um julgamento popular sobre a importância de uma causa, tornando-a mais relevante para a pauta do Supremo Tribunal Federal.
Definição da Pauta do Supremo Tribunal Federal: O Papel das Individualidades e da Subjetividade
Uma pesquisa recentemente publicada, conduzida por Luiz Fernando Esteves e apresentada em 2022 na Universidade de São Paulo (USP), trouxe à tona a complexidade e a imprevisibilidade da definição da pauta do Supremo Tribunal Federal. A conclusão da pesquisa, que analisou 1.529 processos no STF entre 2013 e 2019, é que a definição da pauta é marcada por individualidades e falta de critérios definidos, tornando o processo de seleção de casos uma pauta pauta informal e subjetiva.
A pesquisa destacou a importância da estratégia utilizada pelos gabinetes dos ministros e da presidência do STF na definição da pauta. Cada ministro, com sua própria visão e preferências, define os casos que serão priorizados em seu gabinete ou na presidência, sem um padrão claro ou critérios definidos. Isso significa que a pauta do STF é, em grande medida, uma questão de seleção subjetiva, influenciada pela atuação de cada ministro e pela expectativa de notícia.
A pesquisa também abordou o papel da cobertura da imprensa na definição da pauta. A conclusão é que casos que ganham atenção no noticiário são mais prováveis de serem priorizados na pauta do STF. Além disso, a proximidade com jornalistas pode ser um fator importante na definição da pauta, com alguns gabinetes utilizando a publicação de notícias para influenciar a seleção de casos.
Ao longo das presidências, a definição da pauta do STF tem vivido transformações significativas. A pesquisa identificou que, entre 2013 e 2019, o acesso das partes aos ministros, através de advogados com boa reputação ou pelos amici curiae, era um fator importante na sinalização de que uma causa teria importância relevante e ganharia prioridade na pauta. A atuação de entidades reconhecidas pela defesa de direitos ou interesses econômicos também foi considerada importante na definição da pauta.
A pesquisa destacou que a definição da pauta do STF é, em grande medida, um processo institucional informal e subjetivo. A falta de critérios definidos e a influência das individualidades e da atuação de cada ministro tornam o processo de seleção de casos uma questão complexa e imprevisível. A conclusão geral da pesquisa é que há um processo informal de seleção de casos para a pauta no STF, e isso passa pela atuação de cada um dos ministros que, a partir de estratégias diferentes, definem os casos que serão prioritários em seus gabinetes ou na presidência, quando assumem o cargo.
A pesquisa concluiu que a pauta do STF é marcada por individualidades e falta de critérios definidos, tornando o processo de seleção de casos uma pauta pauta informal e subjetiva. A influência da cobertura da imprensa, da atuação dos ministros e da presidência, e da proximidade com jornalistas são fatores importantes na definição da pauta.
A pesquisa é uma contribuição importante para a compreensão da complexidade da definição da pauta do STF e dos processos que nela se encontram em jogo. A conclusão geral da pesquisa é que o processo de seleção de casos para a pauta no STF é um processo informal e subjetivo, influenciado pelas individualidades e pela atuação de cada ministro.
Fonte: © Conjur
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