Australiana concorre ao Globo de Ouro por papel no thriller psicológico Disclaimer, um emocional caleidoscópio de atuações para a tela, inclusive uma assinatura de série.
Em San Sebastián, é inegável o impacto da presença de Cate Blanchett nos créditos de um filme. Isso se deve a sua capacidade de oferecer uma interpretação notável em todas as suas atuações. A diretora e atores dos filmes não podem deixar de considerá-la para projetos, graças à sua habilidade de capturar uma gama de emoções com apenas um olhar. O que incentiva diretores de todo o mundo a buscarem por ela para seus filmes.
Com uma carreira que já ultrapassa duas décadas, Cate Blanchett é uma das atrizes mais solicitadas do mundo. Isso se deve à sua capacidade de interpretar um grande leque de personagens de maneira convincente e emocionante. A australiana, que já atuou em filmes como Elizabeth (1998) e Blue Jasmine (2013), tem uma habilidade única de se moldar às suas personagens. Sua presença em um filme é capaz de elevar a produção como um todo, graças a sua interpretação forte e sua capacidade de transmitir emoções intensas. Além disso, ela é uma defensora incansável dos direitos das mulheres e da igualdade. Sua carreira é um testemunho da sua dedicação à profissão e à sociedade.
Uma Atriz Para O Século
A Cate Blanchett, uma dos nomes mais destacados do cinema contemporâneo, é uma escolha natural para o título de atriz de nossas vidas. Com mais de cem títulos em sua ampla carreira, a australiana de 55 anos nos conta que a escolha dos seus trabalhos é um processo intuitivo, como se fossem carregada de uma gasolina que nos impulsiona para frente. E, frente, é a palavra certa, pois a Blanchett, ao longo de três décadas de carreira, seguiu seu instinto, que a levou não apenas a superar fronteiras, mas também a se tornar uma verdadeira caleidoscópio de talento, recebendo uma avalanche de prêmios, com mais de 200 estatuetas de interpretação a seu nome.
É raro o ano em que a Blanchett não brilha, seja concorrendo a algum prêmio ou recebendo um troféu honorário de alguma instituição ou festival. E foi justamente em um desses festivais que a atriz recebeu o último prêmio Donostia, na 72ª edição do Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, por sua contribuição artística. É como se a Blanchett tivesse um magnetismo que atraísse a atenção de todos, e não é de hoje que isso acontece.
Buscando Nossa Humanidade
A Blanchett é uma atriz que sempre buscou decifrar o que significa ser humano, com todos os medos, alegrias e incertezas. E, nesse sentido, ela nos conta que o tecido que conecta toda a sua carreira é o desejo de saber e a busca por compreender o que somos. E é essa busca que a faz hipnotizar o espectador, seja em um filme, um festival ou uma série.
E é exatamente isso que aconteceu com a minissérie Disclaimer, assinada por Alfonso Cuarón, onde a atriz vive a personagem Catherine Ravenscroft, uma jornalista investigativa que acaba retratada como uma assassina em um livro misterioso. E aqui, a Blanchett consegue desespero, impregnando a personagem de uma vida que pode ser arruinada de um minuto para o outro. É como se a atriz tivesse feito um exercício de formato, proposto por Cuarón, um dos grandes artistas do cinema.
Cinema Para A Tela Pequena
A atriz nos conta que a ideia de manter a grandiosidade das ideias e do tratamento visual do cinema, assim como o ritmo do cinema, sem se preocupar tanto com o sentido narrativo, foi irresistível para ela. E é como se a Blanchett tivesse encontrado um caminho para manter a essência do cinema, mesmo em uma tela pequena. E é isso que a faz brilhar, seja em um filme ou em uma série.
E não é de hoje que a Blanchett brilha. Ela já ganhou mais de 200 prêmios de interpretação ao longo de sua carreira, incluindo o Oscar de melhor atriz coadjuvante em 2005, por ‘O Aviador’, de Martin Scorsese, onde viveu Katharine Hepburn, uma das suas interpretações mais marcantes. E, em 2014, ela ganhou o Oscar de melhor atriz, sob a direção de Woody Allen, ao viver uma socialite decadente em ‘Blue Jasmine’.
Fonte: @ NEO FEED
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